Pedreiro reclama das dificuldades de acesso. Faltam encascalhamento, bueiros e drenagem na via com abertura de valas. Secretário de Obras disse que já fez um bueiro e que na próxima semana as obras serão retomadas.

O pedreiro autônomo José Carlos EmÃdio dos Santos, de 36 anos, enfrenta uma verdadeira maratona para sair de seu sÃtio, localizado na comunidade de Santo Antônio, distante cerca de sete quilômetros da zona urbana do municÃpio de Itaiópolis. O pedreiro e a famÃlia moram há um ano e três meses no pequeno sÃtio, localizado a um quilometro da estrada geral de Santo Antônio.
O acesso a propriedade de José Carlos parece se tratar, a primeira impressão, de uma estrada particular. Mas, na verdade, a viela, apesar de ser pouco utilizada, ou seja, apenas pela famÃlia do pedreiro e por alguns agricultores faz a interligação do Santo Antônio com a estrada geral municipal do São Lourenço. No entanto, devido ao estado de conservação caótico da via não é utilizada na rotina dos moradores, que preferem utilizar outras estradas para se locomoverem.
A Gazeta de Itaiópolis foi até o local, para verificar a situação enfrentada dia-a-dia pelo humilde pedreiro. Logo no inicio do acesso a propriedade, seguindo pela estrada, devido à lama forma-se uma pasta na sola do calçado e fica difÃcil se locomover inclusive a pé. O solo é liso e não tem atrito, devido à falta de cascalho.
A estrada de acesso a casa do pedreiro é totalmente em desnÃvel. A água, em dias de chuva, fica empossada. Faltam drenagem e abertura de valas. Pequenos córregos cortam a viela. Faltam bueiros, para amenizar o problema. No inverno, que é uma estação do ano com muita umidade do municÃpio de Itaiópolis, o sofrimento da famÃlia aumenta, pois a estrada quase não seca e permanece com muita umidade e lama.
Segundo a mulher do pedreiro, dona Sueli dos Santos, de 43 anos, disse que seus filhos têm muita dificuldade no dia-a-dia para irem à escola. A filha do casal, de 13 anos, tem de fazer a pé o percurso de um quilômetro para apanhar o ônibus do transporte escolar na estrada do Santo Antônio. Ela segue até a rodovia SC 419 e desembarca, seguindo novamente a pé por mais de dois quilômetros até a escola “Odir Zanelattoâ€, que fica no bairro Lucena.
Para escapar do lamaçal, a menina tem de subir os barrancos, nas laterais da estrada. Entretanto, para piorar a situação, agricultores instalam cercas elétricas as margens da via, o que aumenta o risco. Ainda, quando a menina chega com os tênis sujos de lama na escola é motivo de “chacota†pelos colegas, segundo a mãe.
O pedreiro, para poder sair do sitio com seu veiculo fez pequenos reparos com pedaços de tijolos e entulhos nos principais pontos crÃticos. José Carlos está há um ano, pelo menos, pedindo ajuda para a Prefeitura, que ao menos faça a drenagem da água acumulada sobre o leito da estrada. Entretanto, nada foi feito até o momento.
Sem saber pra quem recorrer e pedir ajuda, o pedreiro ironiza a situação e disse que sua estrada é utilizada inclusive por Clubes de Jipeiros da cidade, que em dias de chuva aproveitam a lama para se divertir. Tudo isso é claro, com a autorização de José Carlos. “Já que a estrada está muito ruim e não tem nada de cascalho, pelo menos tem utilidade para os jipeiros e trilheirosâ€, brincou o pedreiro.
A esposa dele disse que seu filho de cinco anos, em 2013, vai começar a freqüentar a escola e precisará percorrer o mesmo trajeto. Um adolescente, filho do casal, já desistiu dos estudos, devido à s dificuldades rotineiras para ir até a escola. A Gazeta de Itaiópolis, em contato informal com o ex-secretário de Obras do municÃpio, Claudinor Krajevski, foi informada que a estrada não vai receber encascalhamento porque é de domÃnio particular. O ex-secretário disse que faria, pelo menos, a drenagem da estrada e abertura de valas e bueiros. No entanto, até hoje nada foi feito.
O que diz a Secretaria de Obras
Por telefone, o novo secretário de Obras da Prefeitura, Curt Silveira, prontamente disse a Gazeta de Itaiópolis que já fez o primeiro bueiro da referida estrada. O secretário entende a dificuldade do morador e disse que a situação daquela via é realmente preocupante.
O secretário Curt explicou que as obras não continuaram pela falta de tubos (manilhas) e que a vinda desse material agora depende de processo de licitação. O segundo bueiro deverá ser feito, de acordo com Silveira, na próxima semana. O primeiro bueiro foi feito com tubos de 40 centÃmetros e justamente no local mais critico da estrada.
Nos próximos 30 dias a Secretaria, segundo informações de Curt, deve levar algumas cargas de pedra na estrada. Mas, o secretário pede ao morador que faça a limpeza do matagal as margens da via, pois está impedindo os raios solares para reduzir a lama. O secretário afirmou, que assim que a estrada estiver enxuta deve começar o empedramento nos principais pontos.
