A Secretaria Municipal da Saúde de Itaiópolis realizou na sexta-feira (30/11), na Praça Brasil, atividades alusivas ao dia Mundial de Luta contra a Aids celebrado ontem, 01 de dezembro. O evento se estendeu durante o dia inteiro. O projeto surgiu e foi coordenado pela equipe de Estratégia da Família do Hospital Santo Antonio, em parceria com outros postos de Saúde, Caps, e o comércio em geral.
No período da manhã aconteceu em frente à Casa de Recepção do Turista, na Praça Brasil, a abertura oficial do evento, que registrou a participação de autoridades municipais como o prefeito e o Secretário Municipal da Saúde. Em seguida aconteceram apresentações artísticas e culturais. Escolas municipais fizeram a apresentação de teatros abordando o tema “Aids”. Apresentações de bandas musicais também marcaram o evento.
O público que prestigiou pode degustar pipoca, refrigerante e concorreu a sorteio de alguns brindes, além de receber o “laço vermelho” no peito, simbolizando o engajamento na campanha de prevenção e combate a Aids. Em frente ao prédio da Prefeitura (fundos), na Avenida Nereu Ramos, uma equipe de servidores do “ESF” Vila Nova fizeram pedágio aos motoristas. Na oportunidade foram distribuídos materiais educativos, panfletos, dois preservativos e o “laço vermelho”, simbolizando o dia 01 de dezembro.
Na Praça Brasil, barracas foram montadas pelos próprios ESF’s. Nesses locais os profissionais da saúde realizavam procedimentos básicos de saúde como, por exemplo, pesagem, aferimento de pressão arterial e teste de glicemia capilar. Em outra barraca, a médica Deborah Salvador Vidal, fez a demonstração do uso correto do preservativo para usuários do Caps, além de alunos e o público em geral que passava pelo local. Materiais educativos e duas camisinhas foram distribuídos nesta barraca. O objetivo foi orientar a prevenção da Aids e das demais doenças sexualmente transmissíveis.
Segundo a enfermeira Antonia Cristiane Leandro, da ESF Central, o município de Itaiópolis nunca havia feito um evento público para tratar da Aids e a população está se esquecendo, sendo que a Aids presente no seio da sociedade. “Ninguém mais fala de Aids, porque não se vê a pessoa morrer de Aids”, explica a enfermeira, justificando o trabalho.
“O objetivo desse evento não é comemorar, mas fazer uma advertência para a população”, completa Antonia.
De acordo com a médica Ana Cecília dos Santos Lopes, da ESF Central, no dia 29 foi realizado um debate com idosos do município, pois há registro de aumento no número de pessoas com Aids, especialmente da terceira idade. “Fizemos a apresentação de um teatro para os idosos, abordando o assunto”, disse a médica.
A médica informou ainda, que desde o inicio do ano de 2012, as equipes dos ESF’s estão trabalhando nas escolas municipais com assuntos relacionados às DST’s, Aids, drogas e bulling. Todo o evento com o apoio da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Voluntários.
Sobre a doença em Itaiópolis
Segundo a médica Ana Cecília dos Santos Lopes, da ESF Central, não há como apontar concretamente o número de pessoas portadoras de Aids em Itaiópolis. O que o município faz é a notificação. Conforme a médica, o município precisa de uma estrutura mínima de médicos e até psicólogos, para oferecer o atendimento ideal. No entanto, qualquer pessoa pode procurar seu ESF e pedir para fazer o exame de Aids, que é totalmente gratuito pela rede municipal de saúde.
A doença em Santa Catarina
Em pesquisa baseada nas notificações de casos de Aids (não se notifica soropositivos) Santa Catarina apresenta de 1984/2011 na faixa etária de 0 a 60 ou mais anos é de 26.565 casos, sendo que 29,8% já foram a óbito. A categoria perinatal responde por 97,9% do total dos casos. A transmissão vertical é a passagem do vírus da mãe para o bebê, e ocorre em três momentos: durante a gestação, parto e amamentação.
Santa Catarina figura, segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pelo Departamento de DST-HIV-Aids do Ministério da Saúde divulgado em 2012, entre os estados com maior incidência da doença. A menor incidência foi registrada na macrorregião do Planalto Norte com 5,3 por 100 mil habitantes.