Contag e MDA discutem futuro da produção de tabaco

Publicado por Gazeta de Itaiópolis - 13/11/2010 - 12h07

Em reunião realizada no dia 11, com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a Contag e Afubra discutiram os entraves enfrentados por trabalhadores (as) rurais da fumicultura.

As vésperas da 4ª Convenção das Partes da Convenção – Quadro para Controle do Tabaco (COP4) -, que acontece na próxima semana no Paraguai, a Contag e a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), discutiram com o ministro interino do MDA, Daniel Maia, os problemas atuais que os produtores de fumo enfrentam na produção. O secretário de Política Agrícola da Contag, Antoninho Rovaris, alertou ao ministro que as discussões sobre assunto estão muito centradas sob a ótica da saúde e não da agricultura. E pediu que o MDA interviesse junto ao Itamaraty, para que a apresentação do Brasil na COP4 não se transforme na falência de um setor que emprega milhares de pessoas.

Entre as reivindicações apresentadas, duas questões centralizaram o debate. A manutenção da produção de tabaco, independente da questão da adição de ingredientes na fabricação de cigarros. E a extensão de um prazo de 03 a 05 anos, para a ampliação da pesquisa e a implementação de programas de diversificação das lavouras de tabaco.

Rovaris  resumiu as necessidades dos produtores de tabaco, que só na região Sul somam 200 mil famílias. O dirigente também salientou que qualquer medida que inviabilize utilização do tabaco Burley na fabricação de cigarros vai afetar diretamente as famílias produtoras. “A questão é muito séria e a ruptura da cultura no momento vai acarretar problemas para milhares de produtoresâ€, afirma o sindicalista. O presidente da Afubra, Benício Werner, endossou as palavras do dirigente da Contag e salientou que qualquer cultura que entre na lógica da substituição não vai ter sucesso em curto prazo e, portanto, “é preciso buscar sustentabilidade, viabilidade, alternativas e modelos a médio e longo prazoâ€, afirmou. Em resposta, o ministro interino, disse que não tem esperança que o Brasil se posicione contrariamente à questão dos aditivos, mas “cabe a nós, e ao conjunto dessa discussão, viabilizar a regulação no âmbito do Brasilâ€, disse Maia, que foi cauteloso em suas respostas, pois segundo ele, qualquer ação também tem implicação direta na indústria. Foi acordado entre as partes que uma agenda será construída para tratar do assunto, logo após os resultados da COP4. Também participaram da reunião, representantes das federações do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

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