Os servidores da Justiça Federal de Mafra estão em greve desde segunda-feira (8). A paralisação tem como objetivo a aprovação do PLC 28/2015, que trata da recomposição dos salários da categoria diante das perdas inflacionárias ocorridas nos últimos nove anos e do plano de carreira do Poder Judiciário da União, que se encontra em tramitação junto ao Congresso Nacional e a presidência da República.
A paralisação serve como forma de pressionar os senadores que irão votar o PLC 28/2015 hoje. A categoria também cobra do Supremo Tribunal Federal e do governo Dilma a garantia da aprovação do PLC com dotação orçamentária para implementação da recomposição salarial.
Os servidores não pleiteiam o reajuste salarial e sim a recomposição salarial, já que em números, o IPCA apurado entre os anos de 2006 a 2015 foi de 65,42%, enquanto o reajuste salarial da categoria no mesmo perÃodo foi de apenas 15,8%, uma perda real na ordem de 49,62%.
Em nota divulgada, o STF – a mais alta corte do poder Judiciário – demonstrou por meio de cálculos e tabelas comparativas a total procedência da reivindicação.
Além da mobilização pela pauta especÃfica dos servidores do Judiciário federal, a categoria também está na luta unificada com os servidores públicos federais, que reivindicam a polÃtica salarial permanente com definição de data-base em 1º de maio, integralidade e paridade entre ativos, aposentados e pensionistas; e reposição inflacionária emergencial com Ãndice linear de 27,3%.
Em comunicado os servidores da Justiça Federal de Mafra pedem a compreensão da sociedade Riomafrense em relação à greve, esperando que os demais poderes igualmente reconheçam a justiça das solicitações, salientando que a tramitação dos processos urgentes e a realização das audiências já designadas serão mantidas.
