Por Aurora Martin

A frase acima foi escrita em um dos cartazes do Manifesto Acorda Riomafra. A mesma frase visa protestar contra ao exagero de matérias que as mídias apresentam, com propósito de denegrir a imagem de milhares de manifestantes em todo o país. A mesma frase remete a uma ideologia filosófica com relação ao modo como os atos de vandalismos têm sido descritos e noticiados.

É de conhecimento de todos que grupos mal intencionados agem de maneira inconsequente, deste modo, acarretando em prejuízos nos ambientes públicos e também particulares. Desde o início dos manifestos, no Brasil, já foram depredados centenas de pontos de ônibus, portas de estabelecimentos comerciais, janelas de veículos, portas de departamentos públicos, pichações, pedras atiradas para todos os lados, balas de borrachas, bombas de efeito moral e outros.

E estatisticamente falando, o total do prejuízo causado até o momento, não corresponde há 10% do “montante” que o governo nos deve. Refiro montante, porque é um monte de coisas mesmo. Veja bem, os prejuízos não correspondem aos inúmeros pacientes que morrem em filas de hospitais. Não correspondem às milhares de crianças que moram nas ruas, as quais se tornam invisíveis perante um político corrupto. Não corresponde às inúmeras ambulâncias sem a devida manutenção. Não corresponde às inúmeras casas e escolas que não possuem energia elétrica. Não corresponde às diversas quantias de dinheiro desviadas dos impostos que o brasileiro é obrigado a pagar. E não corresponde ao tamanho da vontade deste povo que desperta para um futuro melhor. Povo este que profere clamores de honestidade, transparência e democracia, diariamente.

Quanto às mídias sensacionalistas, é notório que há aos montes. E a justificativa para tal postura se deriva em razão de que jornal sensacionalista e politicagem andam juntos. De fato, liberdade de expressão é reflexo da democracia, mas jornais sensacionalistas manipulam a realidade na tentativa de tapar o sol com um só dedo e ainda abusam do poder da palavra e cometem atos cruciais a competência, confiança e caráter próprio.

Portanto, parabéns a todos que estão indo as ruas para cumprir o verdadeiro papel do cidadão. E aqueles que não concordam com frase intitulada, digo, se a carapuça serviu faça bom proveito!