Chuvas continuam a causar estragos nas cidades da região

Publicado por Gazeta de Quitandinha e Campo do Tenente - 28/01/2011 - 11h31

Além de vários estragos, as chuvas estão dando muita “dor de cabeça” para prefeitos e secretários de administração

Está cada vez pior a situação das cidades que compõe a Associação dos Municípios da Região Suleste do Paraná (Amsulep), devido as fortes chuvas que estão sendo constantes nas últimas semanas. A principal dificuldade que as prefeituras estão encontrando devido ao mal tempo, está na recuperação de estradas rurais. Como não para de chover não é possível realizar os trabalhos.

Devido a época da colheita da safra de tabaco 2010/ 2011 e o início das aulas a cobrança por parte da população é grande. Porém, muitas prefeituras não dispõem de material, pessoal e equipamentos necessários para suprir a extensa demanda que aumenta a cada temporal. Algumas, como é o caso do município de Tijucas do Sul, irão abrir licitação para alugar máquinas para auxiliar os trabalhos de recuperação.

Como as chuvas são constantes, fica difícil a realização de obras nas estradas, conforme explica o secretário de desenvolvimento urbano e obras, Cristiano Prado, da prefeitura de Quitandinha.

“É muito difícil realizar obras de melhorias com tantas chuvas. Muita matéria prima como saibro e pedra, acaba sendo desperdiçado com as correntezas devido aos temporais, além disso, muitos atoleiros se formam nas vias quando o serviço é realizado com o solo muito úmido. A melhor maneira é aguardar uma melhora no tempo para que o trabalho de recuperação tenha eficácia”, explica.

Outra dificuldade que as prefeituras vêm encontrando é a falta de matéria prima. Nas obras de recuperação são utilizados saibro e pedra. As constantes chuvas estão esgotando as fontes desta matéria prima, e muitos prefeitos estão tendo que recorrer a pedreiras situadas fora das cidades.

O prefeito do município de Tijucas do Sul, que conta com aproximadamente 1.500 quilômetros de estradas rurais, relata que contratou duas pedreiras para fornecer o material necessário para as obras de recuperação. Porém, não há maquinário suficiente para suprir a demanda.

“Vou abrir licitação na próxima semana para alugar máquinas tais como retro escavadeiras, motoniveladoras, caminhões e pás-carregadeira, para suprir a demanda de serviços e amenizar um pouco a situação. Muitos caminhões que transportam madeira estão acabando com as estradas, muitos inclusive, estão encalhando em atoleiros que se formam devido ao trafego pesado e o grande volume d’água que chega com as chuvas”, explica o prefeito.

Jorge Quege, prefeito em exercício no município de Campo do Tenente, também vem enfrentando muitos transtornos devido ao mal tempo. Ele explica que a situação é desesperadora, para ajudar os repasses caíram pela metade. Verbas como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que geralmente ajudavam as prefeituras a sanar problemas como esses, caíram em grande escala.

“São muitos os serviços a realizar, as chuvas estão causando sérios danos não apenas em vias rurais, como também na área urbana. Porém, não temos maquinário, nem pessoal e nem material suficiente para suprir a demanda de trabalho”, contou.

Enquanto o tempo não melhora prefeitos e secretários de administração pedem que a população tenha calma. A previsão de grande parte das prefeituras é que a situação só se normalize a partir do mês de março, quando a chuva provavelmente der uma trégua para que seja possível vencer a extensa demanda de serviços.

Estragos

Na última semana choveu forte em grande parte da região. Municípios da região norte catarinense contabilizaram muitas perdas e os números de desabrigados não para de crescer. Em Joinville, e no litoral norte catarinense a chuva derrubou pontes e deixou veranistas ilhados na praia de Enseada e na ilha de São Francisco do Sul. Em Jaraguá do Sul situada no perímetro central da cidade também teve sua estrutura carregada pelas fortes correntezas. Em toda a região os rios e córregos não para de subir, deixando as prefeituras em estado do alerta.

O prefeito do município de Quitandinha, Neco Prado, vem acompanhando o nível do rio da Várzea, que corta o centro da cidade, todos os dias. Ele continua na torcida para que o mesmo continue baixando. Porém, teme que volte a chover forte, como nos últimos dias.

“Em 2009 tivemos muitas perdas que foram causadas pelo transbordamento do rio da várzea. Foram dias de muito medo em nossa cidade. Tivemos que trabalhar dia e noite para que o caos não tomasse conta de nosso município. Várias pontes e bueiros, nas comunidades do interior, acabaram sendo prejudicados pelas cheias e pelas fortes correntezas. A enchente no quadro urbano de Quitandinha causou muitas perdas para as famílias”, relembrou o prefeito.

Previsão do Tempo

De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, o final de semana na região segue parcialmente nublado, com forte possibilidade de pancadas de chuvas e trovoadas no período da tarde, nesta sexta-feira e sábado, onde a temperatura máxima pode atingir os 29º. Já para o domingo (30), a máxima chega aos 30º, o tempo também permanece parcialmente nublado com risco de pancadas de chuva à tarde.

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