Prefeituras aguardam melhora no clima para iniciar “força-tarefa” para recuperação de estradas rurais, garantindo escoamento da safra de tabaco 2010/ 2011

Os prefeitos da região da Associação dos Municípios da Região Suleste do Paraná (Amsulep) terão um problema a mais para se preocupar neste fim de ano. Como não bastasse a queda de recursos públicos que possibilitam a realização de ações e melhorias voltadas para a população, como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que irão dificultar o fechamento das contas públicas neste ano, os municípios vêm enfrentando sérios problemas devido as fortes chuvas ocorridas desde a semana anterior.

É o caso da cidade de Quitandinha. Devido as chuvas constantes a Prefeitura Municipal está em estado de alerta. O nível do rio da Várzea que corta o perímetro central da cidade subiu consideravelmente, além disso, muitas estradas rurais, pontes e bueiros foram gravemente afetados.

De acordo com o secretário de desenvolvimento urbano de Quitandinha, Josias da Rocha, a demanda de serviços está defasada. A situação é alarmante porque o maquinário da prefeitura não pode realizar obras de melhorias enquanto o tempo não melhorar.

“Ainda há risco de chuvas, por isso, só estamos atendendo os serviços emergenciais procurando atender as comunidades e estradas mais afetadas. Para que possamos normalizar a situação será necessário aguardar o tempo se firmar, pois de nada adiante realizarmos obras pesadas com o solo úmido, nesses casos a situação só tende a piorar”, explica.

O prefeito Neco Prado diz que irá concentrar esforços para que as estradas rurais mais afetadas sejam readequadas o mais breve possível, possibilitando assim, o escoamento da safra de tabaco que se inicia neste mês. No entanto é necessário que a população tenha um pouco de paciência.

“Somos sabedores da situação de muitas estradas e da necessidade de melhorias, haja visto, o início da colheita da safra de fumo. É válido destacar aos agricultores e a população em geral, que não vamos medir esforços para readequar os principais trechos e as estradas mais afetadas, porém, é necessário que a população compreenda que dependemos de uma melhora no clima para podermos iniciar os trabalhos de recuperação”, explica o prefeito.

Em Piên a situação é a mesma. O município que adquiriu recentemente uma motoniveladora (Patrola) aguarda o fim do período chuvoso para colocar sua frota em ação. De acordo com o chefe do setor rodoviário, Adilson Martins, a prefeitura vem atendendo as comunidades mais afetadas. A demanda de serviço também está defasada.

“Necessitamos muito da compreensão de toda a população. Estamos fazendo o possível e o impossível para atender todos e garantir estradas com as mínimas condições de trafego. Precisamos aguardar que as chuvas dêem trégua para concentrarmos nosso pessoal e maquinário na recuperação das estradas mais atingidas”, explica.

O vice-prefeito do município de Campo do Tenente, Jorge Quege, que é o responsável pelo setor rodoviário do Poder Executivo, também salienta sobre a importância da compreensão dos agricultores e a comunidade em geral.

“Todas as prefeituras estão enfrentado os mesmos problemas. Choveu muito e enquanto o tempo não melhorar não podemos iniciar os trabalhos mais pesados de recuperação, pois muitas estradas ficariam em condições piores. Em Campo do Tenente também estamos realizando serviços emergenciais, porém, vamos trabalhar para garantir o escoamento da safra de tabaco aos nossos fumicultores”, finalizou Quege.