Atualmente as cidades enfrentam um problema que afeta diretamente o meio ambiente, a economia e a sociedade, os resíduos sólidos. Fato que ocorre naturalmente, devido ao desenvolvimento das cidades e seu aumento populacional, resultando em uma produção maior destes resíduos e a forma que os mesmos vem se acumulando em todos os cantos da cidade. Essa situação faz com que os órgãos públicos busquem alternativas para a coleta e destinação correta destes resíduos, para não causar danos ao meio ambiente e nem para a população.

Visando sempre a melhoria continua nesse ciclo, criam-se planos de gerenciamento destes resíduos, onde constam os procedimentos a serem adotados e de que forma serão executados os serviços de limpeza urbana.

Neste processo de limpeza urbana, insere-se a coleta de resíduos sólidos e a destinação final apropriada para estes resíduos. A destinação mais comum entre as cidades é o deposito em aterros sanitários de seu próprio município ou aterros que encontram-se em municípios vizinhos e , dependendo do tipo deste resíduo, é direcionado para usinas de reciclagem.

A coleta de lixo é um serviço publico de responsabilidade das prefeituras, porem muitas destas, buscando as melhores formas de prestação destes serviços para a população, transferem esta responsabilidade para empresas privadas, especializadas e interessadas e prestar tais serviços aos munícipes.

Em contrapartida, a empresa que detém o direito de prestação  dos serviços de coleta de destinação final de resíduos, tem o direito obter o retorno financeiro diretamente dos munícipes, através da tarifa de coleta de lixo. Isso ocorre em diversas cidades e é uma pratica que vem crescendo cada vez mais entre os municípios, devido a qualificação das empresas que prestam estes serviços.

Podemos observar que no estado de Santa Catarina diversas cidades, algumas delas como: Joinville, Mafra, Itapoá, Navegantes, Guabiruba, Itapema, Balneário Camboriu, Araquari, Barra Velha, Balneário Piçarras, já adotaram este procedimento, transferindo a responsabilidade para empresas privadas e especializadas para a execução destes serviços.

Segue abaixo um comparativo de valores da tarifa de coleta de lixo, cobrados pelas empresas detentoras destes serviços nestas cidades.

Conforme podemos observar, a cidade de Araquari é o município que apresenta o maior valor cobrado para tarifa de coleta de lixo e, o município de Mafra a menor tarifa dentre as cidades. Os valores referenciais apresentados no gráfico são de cobrança mensal. Método de cobrança utilizado em quase todas estas cidades.

Dentre estes municípios, destaca-se apenas a cidade de Mafra, que apresenta a forma de cobrança bimestral, portanto o valor apresentado deverá ser multiplicado por 02 (dois), totalizando assim o valor pago pelos munícipes a cada dois meses.

Para o ano de 2013, a empresa SELUMA reajustou os valores cobrados, conforme explanação do gerente da empresa, Diohn do Prado, “esse reajuste se justifica em face de que em 08 anos de serviços prestados a comunidade Mafrense, a empresa não teve reajustado o valor da tarifa. Tal reajuste  faz-se necessário para a manutenção do equilíbrio econômico do contrato, sendo que é de extrema importância para a empresa continuar prestando um serviço de qualidade e de comprometimento com o meio ambiente e com os munícipes de Mafra”.

Para o secretário municipal de administração Allan Leon de Mello, “os serviços de limpeza pública foram concedidos a empresas privadas, afim de melhorar a qualidade do trabalho prestado no município. Sendo que a terceirização destes proporciona maior eficiência, qualidade e rapidez, além de facilitar o contato direto entre o prestador de serviços e o cidadão. No município de Mafra a empresa SELUMA vem prestando o serviço de coleta de lixo desde o ano de 2003”.

O reajuste foi feito conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, majorando, o valor de R$ 6,88, para de R$ 10,24 mensal, para os bairros com coleta de 03 vezes por semana.

Ressalta-se que mesmo com este reajuste, o valor da tarifa de coleta de lixo no município de Mafra, continua estando entre os menores valores praticados no Estado.