Divulgados os resultados da eleição no último domingo, observou-se que alguns dos candidatos a vereador obtiveram maior votação, mas não foram eleitos, o que gera algumas dúvidas sobre a forma de cálculo para ser considerado eleito.

Diferentemente da eleição para prefeito e vice-prefeito, quando a chapa que obtém mais votos é considerada vencedora, para vereador o cálculo é diferente e um pouco complexo. Inicialmente é necessário verificar quantos votos válidos (votos nominais + votos de legenda) foram apurados para vereador. Neste ano, em Itaiópolis, foram apurados 13.045 votos válidos. Este total deve ser dividido pelo número de vagas na Câmara de Vereadores (09 vagas na cidade), obtendo-se assim o chamado Quociente Eleitoral, que foi de 1.449. Desta forma, a cada 1.449 votos obtidos, cada coligação elege um vereador.

A coligação PMDB/PTB fez um total de 4.122 votos obtendo 02 vagas (Claudinor Krajevski e Francisco Kuiava), a coligação PP/PMN/PSD/PSB fez um total de 3.120 votos obtendo 2 vagas (Celestino Smangozeski e Alcides Nieckarz), a coligação PSDB/PPS/PDT/PRB/DEM fez um total de 3.108 votos obtendo 2 vagas (Julmar Marcos Zerger e Cassio Edmundo Bilicki) e a coligação PSC/PT/PTN/PR fez um total de 2.695 votos obtendo 1 vaga (Rodrigo Hirte). Somando as vagas obtidas, tem-se 07 vereadores eleitos. Como restaram 02 vagas em aberto, é necessário efetuar outro cálculo, relativo às sobras.

Assim, as coligações que obtiveram a maior média ficaram com as 02 vagas restantes, sendo a primeira vaga destinada à coligação PMDB/PTB (Waldir Venturi) e a segunda à coligação PSC/PT/PTN/PR (Edione Pickcius). Para muitos tal modelo é injusto por deixar de fora candidatos mais bem votados, mas o objetivo desse sistema de votação é viabilizar no legislativo a representação de setores minoritários da sociedade.