Os funcionários da Agência do Banco do Brasil de Itaiópolis aderiram à grave Nacional dos bancários. O objetivo da paralisação é garantir direito como a reposição salarial. A agência do BB do município iniciou a paralisação no último dia 03 de outubro. Funcionários que aderiram ao movimento estenderam uma faixa em frente à agência e colocaram cartazes nas portas dizendo: “estamos em greve”. O pleito dos funcionários é justo, já que a categoria reclama de defasagem salarial. Mas, por outro lado, os usuários e clientes do banco não podem ser penalizados pela paralisação dos servidores. Ao que se sabe, a greve pegou todo o município de surpresa, pois o gerente do BB concedeu entrevista na última semana sobre a possibilidade de fechamento da agência de Itaiópolis e não mencionou a questão da grave.

Entretanto, antes mesmo do BB de Itaiópolis aderir ao movimento grevista, à reportagem da Gazeta de Itaiópolis foi procurada por uma idosa que reclamou do atendimento de um funcionário do banco. Maria Zenilda Gomes, de 63 anos, recebe pensão do governo do estado, haja vista seu marido ter falecido ocupando a função de servidor público estadual. O pagamento da pensão é feito através do Banco do Brasil.

A aposentada disse a Gazeta que em determinado dia, quando procurou atendimento nas mesas do interior da agência, para tratar de assunto de seu interesse, foi atendida com estupidez e grosseria por um funcionário. Devido à idade e a simplicidade, a aposentada não soube dizer o nome do funcionário, mas afirmou que se tratava de um homem.

A idosa também disse que não fez consulta no sistema de auto-atendimento do BB, porque não sabe usar o caixa eletrônico. Pensando em ter um melhor atendimento, a idosa procurou um funcionário do banco no interior da agência, e foi aí que veio a sua decepção.

A idosa reclamou que já foi humilhada, inclusive, quando tentava entrar na agência. Segundo ela, os próprios seguranças da porta giratória ao invés de ajudá-la, em determinada situação, riram de sua dificuldade. “O atendimento no Banco do Brasil é diferente do antigo Banco Besc, no qual nós idosos tínhamos mais atenção dos funcionários”, disse a aposentada.

“A verdade é que velho é chutado em quase todos os lugares”, disse o marido da aposentada, Basílio Mireski, de 88 anos.

A reportagem da Gazeta de Itaiópolis procurou o gerente da agência do BB de Itaiópolis. Nossa reportagem foi prontamente atendida por Jairson Dorigati. O gerente ouviu, através de nós, a reclamação da idosa. Dorigati disse que é preciso que a aposentada formalize em papel a denuncia, haja vista ela não saber o nome do funcionário que, supostamente, a tratou com grosseria. O gerente informou que a aposentada pode registrar o ocorrido em papel e entregar no banco. Segundo Dorigati, caso fique comprovado o fato, o BB tomará as medidas necessárias para sanar o acontecido. O gerente disse ainda, que não consegue tomar providências sem saber o nome do servidor.

A greve dos bancários completou 20 dias em Santa Catarina na última terça-feira, 08 de outubro. Em Joinville, na região norte do estado, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) alega que a paralisação traz prejuízos ao comércio. Desde o início da greve, mais de 400 agências aderiram à paralisação no estado.

O Sindicato dos Bancários de Joinville, e das cidades próximas, acredita que 400 funcionários estejam em greve na região Norte, em 17 agências. Na última segunda-feira (8), foi rejeitada a segunda proposta oferecida pela Federação Nacional dos Bancos desde que o movimento começou.

O índice de reajuste foi considerado baixo em relação ao que os trabalhadores pedem. Assim, as negociações devem continuar. “Nós estamos esperando que a Fenaban apresente uma proposta que melhore aquelas que eles já ofereceram, e que chegue perto das propostas dos bancários que é de 11,93%”, relatou Hilton Belli, presidente do Sindicato dos empregados em estabelecimentos bancários de Joinville (SEEB).