Durante reunião realizada na noite desta quinta-feira (18) na Câmara de Vereadores de Itaiópolis pela Associação dos Avicultores do Planalto Norte e que contou com a participação do vereador rionegrinhense Erikson Wantowski, foram apresentadas e votadas as principais reivindicações que agora serão entregues às empresas integradoras.

A exemplo da primeira reunião, realizada no último dia 10 de abril, na Câmara de Rio Negrinho, novamente o plenário ficou lotado com a participação de criadores de frango e patos das cidades de Rio Negrinho, São Bento do Sul, Mafra, Itaiópolis, Bela Vista do Toldo, Canoinhas, Papanduva, Jaraguá do Sul, Corupá e Schroeder.
Além da formalização dos pedidos, os representantes da classe avicultora buscarão agora também o apoio do poder público das cidades que integram a Associação. “As reivindicações foram debatidas e votadas de comum acordo com os presentes e o próximo passo agora é agendar uma reunião com a diretoria das empresas integradoras para apresentar as propostas que temos”, explicou Erikson Wantowski. “Como a associação já existe, buscaremos agora levantar os dados para torná-la de utilidade pública, alterar seu estatuto e criar a nova diretoria”, completou o vereador que na próxima semana participará de uma reunião com avicultores na Câmara de Vereadores de Corupá.

As reivindicações discutidas

Entre as reivindicações apresentadas está a proposta para que o preço mínimo acordado quando da data do alojamento seja de R$ 0,80 por ave, que a parcela do financiamento seja de no máximo 30% do ciclo de produção do lote e que não haja retenção do valor do lote ou garantia do valor retido no banco com contra partida do mesmo valor depositado em juízo por parte da empresa. Foi defendida ainda a livre negociação de banco com o saldo depositado para que o avicultor tenha o direito de optar pela instituição bancária que lhe convier e ainda que haja obrigação de o seguro total estar embutido no custo fixo de produção por ciclo de ave, delimitações com relação ao número de funcionários por número de aves, respeitando as leis trabalhistas.

Os avicultores também querem que as integradoras ofereçam ração peletizada. Uma das integradoras, a Tyson do Brasil, tem um frigorífico de aves no município. Segundo informações, a empresa está abatendo 120 mil aves por dia. Sendo assim, a cada sessenta dias que é o ciclo de alojamento das aves nas granjas o matadouro Itaiopolense abate aproximadamente 4,8 milhões de aves.

“Temos ainda a preocupação com as constantes mudanças contratuais na forma de remuneração do produtor integrado sob pretextos de que haveria melhoria no pagamento. Todavia tais alterações geram apenas obrigações que excluem os cálculos mínimos de depreciação do aviário. Achamos que a depreciação obrigatoriamente deve integrar o custo mínimo do ciclo”, comentou ainda Erikson que citou que tramitam no Congresso Nacional dois projetos de lei que estabelecem direitos e deveres para produtores rurais e agroindústrias em contratos de parceria de produção integrada. “Essas matérias já vem sendo amplamente discutidas com os setores envolvidos e estabelece um marco regulatório para a cadeia produtiva da integração agropecuária”.