
Foto: Arquivo
A sessão da Câmara de Vereadores de Itaiópolis do último dia 05 teve a presença do prefeito municipal Gervásio Uhlman, que iniciou falando que nestes 95 anos de emancipação do município de Itaiópolis, este é o pior momento político que o município está vivendo.
O prefeito disse que a lei de responsabilidade fiscal vem limitando gastos na folha de pagamento do funcionalismo público tanto para contratado quanto concursado onde no art. 19 e 20 da lei complementar limita em 54% e os 6% repasse para a Câmara de Vereadores e a parceria com a mesma de todo o dinheiro economizado poderia se investir em calçamento, mas infelizmente pelos cortes de gastos, teve que suspender a fábrica de lajotas.
Falou que ele e o vice iniciaram o governo com um número reduzido de funcionários desde o motorista do prefeito, encarregado da equipe da Moema, secretário de Administração e Finanças, Ação Social e este ano parou também a Secretaria de Turismo, foram mais de 20 funcionários, achando que conseguiria com o aumento da arrecadação, encontrar o equilíbrio no percentual abaixo dos 54% na folha mas infelizmente foi surpreendido.
Explicou que das sete secretarias do município, apenas uma está funcionado que é a de obras 3 já foram baixadas a muito tempo e algumas nem foram abertas para redução de gastos, lamentou e fez um apelo a população, pedindo voluntários que possam assumir essas secretarias pra que não fiquem abandonadas e que para o prefeito já trabalha 9, 10 até 12 horas por dia e assinar é muita burocracia fica muito pesado.
Gervásio lembrou que pegou a Prefeitura com 9 milhões e meio de reais que inclusive mandou relatório para a Câmara de Vereadores e que as contas estão rigorosamente em dia inclusive o IPMI, fornecedores de combustíveis, transporte escolar, todos os setores em dia e que tem orgulho por isso.
Sobre as lombadas falou que é contra e foi criticado pelas 14 lombadas que foram feitas e disse que “se deve dar chicotadas a quem desobedece a lei”, tentou implantar lombadas eletrônicas, onde só paga quem desrespeitar os limites de velocidade.
Salienta a colaboração dos vereadores que motivaram a vinda de um milhão setecentos e quarenta mil reais de fundo perdido, mais 1,5 milhão do Badesc a juro zero e 100 mil reais com contrato assinado da defesa civil e todo esse recurso está bloqueado por falta de negativa para o Tribunal de Contas.
Gervásio lamentou que teve que tomar a decisão drástica de fazer os cortes para conseguir atingir o limite exigido pela lei de responsabilidade fiscal dizendo: “…jamais um prefeito no Brasil iria gostar de fazer isso” e deixou claro que não é o prefeito que reduziu a folha e sim foi a lei.
O prefeito falou que inclusive na lei orgânica, também menciona no artigo 134, que quando extrapolar o limite a redução pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança exoneração dos servidores não estáveis ou seja contratados. Se não foram suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar 101,o servidor concursado pode perder o cargo “…e o prefeito não quer isso nem um político quer prejudicar seu eleitorado”, disse. Queixou-se também que está sofrendo muito por ter que tomar essas duras decisões e falou que o município precisa aumentar com urgência a arrecadação: “o ISS já notificou cartórios e bancos para que colaborem para aumentar a receita porque está muito baixa e também aumentar o IPTU” – disse. Lembrou que o município de Papanduva que é menor, arrecada quase um milhão. Falou também que coleta de lixo paga-se 960 mil reais por ano e está longe para encontrar o equilíbrio e também na COSIP que deve ter seus valores revistos, pediu inclusive, ajuda para os vereadores nesta caminhada.
Também com relação a arrecadação, Gervásio se queixou que o município de Mafra fica com o movimento econômico 13% nas compras pelos itaiopolenses em caminhões, maquinas agrícolas e automóveis e falou que o município deve incentivar a vinda destas revendas para o município
O prefeito comentou da universidade que está sendo pleiteada para o planalto norte e enalteceu o Itaiópolense Luiz Claudio Kraieski filho do vereador, que é professor universitário e já alguns anos vem trabalhando e fomentando a vinda deste campus, para a região, lembrando que estamos unidos com 10 prefeitos na conquista dela para região.
Disse que esteve em Brasília com 4 mil prefeitos para tentar aumento de 1% no repasse mas foi negado e diz que tem lutado muito para melhorar o movimento econômico.
Um vereador indagou o prefeito porque que não foram tomadas atitudes com antecedência inclusive IPTU e outros impostos? E porque que não mandou para a Câmara um aumento mais adequado e um recadastramento neste aspecto sendo que em 2013 -2014 teve aumento na arrecadação tanto no repasse do governo estadual e federal? E o que aconteceu com a arrecadação que alguma coisa está sendo feita no interior mas na cidade está a desejar?
O prefeito falou que recebeu alerta a poucos dias do Tribunal de Contas por excesso de gastos em obras e que está trabalhando, economizando e que nunca faltou diesel e disse que em 2002,foi aprovado um plano de cargos e salários na qual não foi feita nenhuma acareação no impacto na folha de pagamento e quando assumiu, ficou tranquilo porque não tinha noção das leis, talvez o controlador interno devesse tê-lo alertado que seria inaplicável e pensou que com 20 funcionários a menos achou que daria e falou que não deveria ter dado aquela correção anual de quase 8%. Gervásio lamenta sua falta de experiência na administração pública: “peguei o comando no escuro e que hoje já está tudo mais claro, hoje posso observar melhor como as coisas estão, hoje faria as coisas diferente” – lamentou.
Novamente o vereador interferiu dizendo que o prefeito estava falando do magistério e o plano da saúde que foi aprovado em 2012 e foi verificado que teve aumentos abusivos para alguns funcionários e verificando dentro do orçamento a que teve mais aumento de gastos foi a Secretaria de Saúde, onde varias gratificações e horas extras foram concedidas. Gervásio respondeu que não deu gratificação para ninguém no seu governo não que não vem seguindo o que vinha ocorrendo nos anos anteriores, o que foi aprovado em 2012 sem a criação para o impacto na folha.
O vereador insistiu dizendo que uma funcionaria que é chefe de departamento de seu governo veio até a Câmara e na tribuna afirmou que é verba do governo federal e estavam fazendo o repasse para alguns funcionários e acha que o prefeito deveria ter conhecimento do que está vindo na folha, tanto que está se abrindo uma CPI para verificação, questionando o porquê tanta gratificação em folha para alguns funcionários? Gervásio disse que não deu nenhuma gratificação, alegando que e é só olhar nas portarias que não tem gratificação.

A verdade é só uma. Quem não tem competência não se estabelece……
Prefeitura não é tubo de ensaio para aprendizado administrativo de uns e outros e para apadrinhar esposa de prefeito, cunhado de prefeito, esposa de vice prefeito etc, etc, etc. Porque estes não trabalharam voluntários????
Porque admitiu tanta gente no seu governo se já tinha problemas desde o início e foi alertad????
Não se admite na atual conjuntura econômica, social e política do país, amadorismo e nepotismo.