Exame de DNA comprova que pai foi vítima de traição há 40 anos

Uma história inédita, que causou surpresa a uma família, será contada nessa reportagem. A infidelidade de uma esposa, que traiu o marido foi revelada há cerca de 60 dias, depois de estar escondida e abafada por 40 anos.

De um lado o pai, Bochdano Czuika, 72 anos, aposentado, pai de sete filhos, residente no Distrito de Moema, Itaiópolis, que se considera vítima de um adultério cometido pela esposa, já falecida há 29 anos. Bochdano casou-se pela segunda vez. A primeira mulher morreu aos 36 anos.

Do outro lado um de seus filhos, de iniciais A.C., de 40 anos, que não é, na realidade, filho de Bochdano. A verdade veio à tona depois de um Exame de DNA, realizado em Florianópolis há 60 dias. Seu Bochdano concedeu entrevista exclusiva a Gazeta de Itaiópolis.

Cabelos grisalhos, calvo, mãos calejadas, bem disposto e contando muitas histórias do passado, principalmente do estilo de vida dos silvícolas do Bom Sucesso,o aposentado se orgulha de ter uma vida com mais de 17 profissões. Mas, a profissão que mais fez sucesso e garantiu o sustento da família foi a de pedreiro, na construção de estufa para a secagem de tabaco.

Para entender melhor a história é preciso que seja contada desde o inicio. Segundo seu Bochdano, algumas pessoas haviam comentado a suspeita de que A.C., não era seu filho e que o homem poderia ser fruto de um relacionamento extra-conjugal de sua esposa já falecida com outro homem.

Bochdano disse que A.C. o maltratava e desrespeitava. Depois que ele casou-se, a relação de pai e filho tornou-se mais espinhosa. Tudo o que acontecia e a tristeza de Bochdano o levaram a pleitear na justiça a realização do DNA.

Quando veio o resultado do exame a grande surpresa: A.C., não é filho biológico de Bochdano. “Fiquei chocado quando vi o resultado do DNA, pois pensava que era mentira do povo. Na verdade eu perdi um filho e hoje não temos mais ligação”, disse o aposentado.

Segundo Bochdano, sempre tratou seu filho A.C. com carinho e respeito, mesmo sem saber que não era seu pai biológico. A história parece um enredo de novela, uma ficção. Mas é a realidade e aconteceu em Itaiópolis.

De acordo com Bochdano, a primeira audiência na justiça que aconteceu entre as partes foi para a realização do exame de DNA. O filho A.C., segundo a família de Bochdano pede a continuidade do sobrenome da família em sua identidade. O pai, que neste caso é o padrasto Borchdano, pede que a justiça retire o sobrenome da família do homem, uma vez que não é o pai biológico.

Conforme Bochdano, A.C. chegou a arrumar pessoas que prestaram falso testemunho, afirmando que ele sabia que não era seu filho e mesmo assim o registrou com o sobrenome da família. “O A.C. e as testemunhas estão mentido, pois eu o registrei sem saber de nada”, disse Bochdano.

A sua ex-esposa, já falecida, nunca comentou nada sobre os fatos. Uma testemunha disse recentemente a Bochdano que viu a sua ex-esposa apresentar A.C., quando recém nascido ao verdadeiro pai biológico, mas a história foi abafada ao longo de 40 anos.

Outra filha de Bochdano, durante a 2ª audiência no Fórum de Itaiópolis revelou perante o juiz que também não é filha dele. O aposentado disse que ficou surpreso, pois não esperava mais uma revelação. Ele pensava que o caso se resumia apenas a A.C. A mulher de iniciais D.R.C., hoje tem 37 anos e mora em Blumenau. Ela disse que seu verdadeiro pai biológico já morreu, mas não revelou a sua identidade.

Segundo Bochdano, a sua filha D.R.C. disse que foi a própria mãe, ex-esposa de Bochdano, antes de morrer, que a disse que ele não era seu pai. “A D.R.S. prestou falso testemunho, pois ela tinha recém nascido e como já sabia que A.C. não era meu filho?” questionou o aposentado.

Conforme Bochdano o caso vai ser decidido pela Justiça. “Espero que a justiça retire o sobrenome de A.C., já que não sou o pai biológico dele”, disse. Um filho legítimo do aposentado acredita que tanto o pai quanto A.C., nesse caso, são vítimas.

O aposentado disse que na época que foi vitima do adultério trabalhava na construção de estufa de fumo como pedreiro, chegando a se ausentar da casa em média durante 15 dias. Bochdano, que sustentou, deu estudo e profissão a A.C. disse que ele deveria procurar saber quem é o seu verdadeiro pai biológico e parar de “atacar” na justiça, tentando o responsabilizar por fatos que não cometeu.