Água tratada

Publicado por Gazeta de Itaiópolis - 13/05/2011 - 20h47

Gerente da agência da Casan de Itaiópolis participa de sessão no Legislativo e anuncia R$ 450 mil de investimentos no município. Instalação de adutora e nova rede de distribuição de água tratada para o bairro Vila Nova estão contempladas no projeto, já em fase de licitação. As obras, segundo Joacir Meister, devem acontecer até o final do ano

Com objetivo de estreitar os laços entre o poder Legislativo e a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), o gerente da agência de Itaiópolis, Joacir Meister, compareceu à Casa Legislativa com a intenção de prestar esclarecimentos à população sobre as ações da companhia. A Participação de Meister foi voluntária. Ao se pronunciar no palanque, pediu desculpas aos parlamentares por não ter comparecido e se apresentado antes, ou seja, logo que ocupou o cargo na agência local. Segundo Meister, a Casan está instalada em Itaiópolis há cerca de 30 anos e o sistema de produção de água é o mesmo. Muito pouco se fez para potencializar a produção de água e acompanhar o crescimento da cidade. Quando a Casan iniciou as atividades no município, o número de famílias atendidas com água tratada não ultrapassava 450. Hoje o número de famílias atendidas chega a 3 mil. “Infelizmente nós não acompanhamos esse crescimento do município”, reconheceu o gerente. Nos últimos anos foi ampliado a produção de água na Estação de Tratamento de Água (ETA) do município, localizada no rio São Lourenço, com a instalação de dois filtros de filtragem direta. Segundo Meister, os filtros que foram instalados na ETA já eram considerados obsoletos em cidades maiores e por estarem sem utilização foram reaproveitados na estação de Itaiópolis. “Com isso houve aumento na produção de água”, disse o gerente.

Conforme o gerente, a substituição do comando da Regional de Mafra foi importante para a Casan conquistar novos investimentos em Itaiópolis. A agência de Itaiópolis conseguiu o que estava pleiteando há mais de seis anos que é uma nova adutora. “O projeto já está pronto e assinado pelo representante e pelo diretor e está em fase de licitação”, afirmou Meister. Pelo valor do projeto a licitação está sendo conduzida pela Matriz de Florianópolis e por isso pode haver demora na conclusão do certame.

Adutora é a tubulação que traz água tratada da ETA para a cidade. A obra para Itaiópolis foi orçada em R$ 450 mil. Segundo Meister, a adutora existente é de 150 e o projeto vai ampliar a tubulação para 250. Hoje a adutora corta uma mata e o novo projeto com tubulação de 250 passará pela estrada de São Lourenço. Com isso vai facilitar a identificação de rompimentos e a manutenção em casos de vazamentos.

Vila Nova

Segundo Meister, os bairros Vila Nova e Lucena em Itaiópolis, tem sofrido muito com o atendimento.  “Basta qualquer queda de energia no R1 e os moradores desses bairros já ficam sem água”, disse. Conforme o gerente de Itaiópolis, a Casan pede também através de projeto uma rede de 100 que vai ligar toda a Rua Padre José Kielczewski saindo na Avenida Alexandre Ricardo Worell. “Esse trabalho vai desviar o ponto mais alto da cidade onde existe o R2 resultando no abastecimento mais rápido da Vila Nova, bairro Lucena, sobrando água para os pontos mais altos da cidade como é o caso das ruas Jorge Lacerda e Universindo Pinotti. É justamente nesses dois pontos que temos um problema sério de abastecimento”, explicou Meister.

Segundo o gerente, quando aumenta o consumo na cidade, existem três casas que de imediato sentem as conseqüências nos pontos citados. “A previsão é que nesse ano ainda teremos a nova adutora e a nova rede no bairro Vila Nova para melhorar o abastecimento”, acredita Meister.

O gerente disse que, segundo relatório da Agência Nacional de Águas (ANA), Itaiópolis vai ter de procurar novos mananciais superficiais para suprir a necessidade de água da população. “Nós já temos no KM 34 um poço artesiano que produz 20% do total de água produzido no município pela Casan”, comentou. Uma das saídas para driblar a crise de água, para o gerente, é a perfuração de novos poços. “Apesar de que já fizemos a perfuração de alguns poços que não produziram nada de água”, disse o gerente. A outra opção seria colocar em prática um projeto que existe desde o ano de 2000, para captação e tratamento de água do Rio Negrinho. “No entanto, esse projeto vai custar mais de R$ 6 milhões. É uma obra necessária, mas com custos muito elevados”, argumentou. A nova proposta é desvincular do total do projeto o valor da adutora de água tratada. “Isso já está sendo providenciado. Ao invés de ser água tratada, pretendemos trazer água bruta para ser tratada no nosso sistema. Vai ser um custo alto. A adutora que já conseguimos – da ETA para a cidade – foi orçada em R$ 450 mil e são apenas três quilômetros”, justificou Meister. Do Rio Negrinho para o centro da cidade são 18 quilômetros. A distância justifica o valor da adutora de água bruta, mas é uma das saídas caso se confirme o relatório da ANA, onde apontou que nos próximos quatro anos o município não terá onde captar água para tratar.

Linha Cerqueira

Segundo o gerente Meister, na localidade de Linha Cerqueira, interior do município, em dezembro do ano passado foi assentado pelo menos oito quilômetros de rede. No entanto, devido à urgência de outra obra na localidade de Engenho do Meio, município de Mafra, foi retirado da obra de Linha Cerqueira uma retro escavadeira, um caminhão e também um servidor. Essa manobra paralisou as obras da Linha Cerqueira. “Estamos aguardando a aquisição pela Companhia de três válvulas de redução de pressão para serem instaladas nessa nova rede”, disse o gerente. A tubulação que a Casan usa para redes de distribuição suporta pressão de 70 metros – colunas – de água (MCA), por indicação do fabricante. No caso da linha Wontroba, a pressão da rede chegou a 125 MCA. Segundo Meister, uma válvula de retenção já foi instalada no ponto mais baixo por onde passa a rede. No entanto ainda existem pontos, no caso três moradores da Wontroba que sofrem com estouros freqüentes de cavaletes. “Se nós tivéssemos colocado em carga a rede da Linha Cerqueira, certamente teríamos um rompimento por semana ou quem sabe até mais”, explicou o gerente. Isso resultaria na falta de água para os bairros de Distrito de Itaió e Moema. O gerente Meister encerrou seu esclarecimento reconhecendo que houve erro da Casan em não ter providenciado com antecedência as válvulas.

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