“A morte ninguém atalha. Pode ter dinheiro, ou ser um miserável sem nenhum tostão. O certo é que todos nós, um dia, vamos morrer”. O clichê é “batido” e desgastado, mas são a realidade de todos nós, seres humanos. Acontece hoje, sexta-feira, 02 de novembro, no Cemitério Municipal de Itaiópolis (Centro) uma celebração católica em homenagem ao “Dia dos Defuntos”, também conhecido como “Dia de Finados”. A missa campal inicia às 9 horas.

A tradicional celebração católica religiosa em memória aos falecidos acontece no interior do Cemitério, debaixo de um grande cedro. A missa será celebrada pelo padre Donizete Henrique Pereira, da paróquia Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. O dia de Finados será um ponto de encontro de centenas de pessoas, tanto do município, quanto de cidades do Planalto Norte, que virão prestar homenagens aos entes já falecidos.

Os túmulos do Cemitério ganham um colorido todo especial, descortinado pelos arranjos artificiais e de crisântemos naturais. As sepulturas, em grande maioria, apresentam “ar” de limpeza externa e algumas, inclusive, ganham uma mão de tinta ou um revestimento em cerâmica ou granito. Tudo isso demonstra o carinho e a valorização de familiares pelos seus entes queridos. Sobre as sepulturas e no pé da Cruz Grande na entrada do Cemitério dezenas de maços de velas são acesas. Essas manifestações visam zelar os locais onde estão depositados os corpos das pessoas.

A movimentação é intensa e ao mesmo tempo silenciosa. É um momento para “flanar” entremeio aos túmulos e recordar através das fotos as pessoas conhecidas, amigos e familiares que já morreram. Dia 2 de novembro é um momento para observar o túmulo e a foto de quem está ali. Relembrar as amizades, alegrias, tristezas, dores daqueles que um dia estiveram ao nosso lado.

O dia dos mortos é um dia de respeito, dedicado para que as famílias celebrem a vida eterna dos seus entes falecidos, tendo esperança de que repousando em outro plano. As missas em memória as pessoas falecidas tiveram sua origem no século IV, mas foi no século seguinte que a igreja passou a consagrar um dia para essa celebração.

A escolha da data se deu em virtude do dia de todos os santos, primeiro de novembro, pois os religiosos acreditavam que todas as pessoas, ao morrerem, entram em estado de graça, mesmo não sendo canonizados. A cultura de dedicar um dia para homenagear os mortos varia muito de localização ou religião, mas segue os princípios do catolicismo, pois a partir do século XI, os papas Silvestre II, João XVII e Leão IX passaram a exigir tal celebração.

No México, ao invés de melancolia, os mortos são homenageados com grandes festas. Isso faz com que o país receba visitas de turistas de todo o mundo. Existem alguns símbolos que são muito utilizados no dia dos mortos para homenageá-los. Os crisântemos representam o sol e a chuva, a vida e a morte e por serem flores mais resistentes são muito usadas nos velórios. As velas significam a luz do falecido, as coisas boas que eles deixaram para seus parentes vivos.

A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição (cf. Tobias 12,12; Jó 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46), e se apóia em uma prática de quase dois mil anos.