Estamos em fase de financiamento da Safra Agrícola 2010/11. Segundo institutos de meteorologia, há previsão de mudança de clima, ou seja, começa a se manifestar o efeito La Niña, representando indicativos de estiagem no Sul do Brasil.

Para que se tenha sucesso na cobertura do Proagro das lavouras financiadas que porventura sofram perdas é necessário seguir as regras estabelecidas no Manual de Crédito Rural.

Veja no quando abaixo, de forma simplificada, alguns itens que deverão ser seguidos para que não existam problemas na cobertura do Proagro.

“É importante que nossos agricultores estejam atentos”, alerta Antoninho Rovaris, presidente da Fetaesc e secretário de Política Agrícola da Contag – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura.

Nesta semana, a Epagri, o Banco do Brasil, e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itaiópolis realizaram algumas reuniões nas comunidades levando as informações do Plano Safra 2010/2011. A seguir um resumo dos critérios a serem seguidos pelos agricultores:

1 – Ao contratar ou renovar uma operação de custeio agrícola, no caso de lavoura temporária (milho, feijão, arroz, etc), deverá informar ao banco se a lavoura já emergiu;

2 – Ao contratar ou renovar uma operação, no caso de lavoura temporária já emergida, deverá apresentar laudo de vistoria prévia elaborado por empresa de assistência técnica credenciada no Banco, registrando as condições atuais da lavoura;

3 – Ao contratar ou renovar uma operação para financiamento de custeio de lavoura perene (Ex.: maçã, uva, pêssego, etc), deverá apresentar laudo de vistoria prévia que registre o estado fitossanitário e fisiológico das plantas e ateste, no caso de lavouras sujeitas a perda por geada, que a localização e as condições da lavoura obedecem às recomendações técnicas;

4 – Ao contratar uma operação deverá apresentar ao banco croqui ou mapa de localização da área onde será implantada a lavoura;

5 – Ao contratar/renovar uma operação de valor financiado superior a R$ 12 mil deverá apresentar ao banco resultado de análise química do solo (com até 2 anos de emissão), recomendação do uso de insumos e resultado de análise granulométrica do solo (com até 10 anos de emissão) com a indicação de solo “Tipo l”, “Tipo 2” ou “Tipo 3”. No caso de lavoura irrigada não é necessária à apresentação de resultado de análise granulométrica;

6 – Utilizar variedades/cultivares recomendadas pelo zoneamento agrícola;

7 – Realizar plantio dentro das épocas recomendadas para o município de localização da lavoura;

8 – Caso necessário, solicitar o auxílio das empresas de assistência técnica para a interpretação das normas do zoneamento agrícola. As portarias do zoneamento agrícola são divulgadas no site www.agricultura.gov.br;

9 – Utilizar tecnologia capaz de assegurar, no mínimo, a obtenção dos rendimentos programados;

10 – Comunicar imediatamente ao banco a ocorrência de qualquer evento causador de perdas superiores a 30% da receita prevista inicialmente;

11 – Comunicar ocorrência de perda antes da colheita;

12 – Guardar todos os comprovantes de aquisição de insumos (notas fiscais e cupons fiscais nominais ao beneficiário);

13 – Por ocasião da comunicação da ocorrência de perdas deverá apresentar ao banco os comprovantes da aquisição dos insumos utilizados no empreendimento;

14 – Aguardar a vistoria do perito de Proagro antes de iniciar a colheita.