
Com a proposta de aquecer e fomentar a produção de hortifrutigranjeiros, entidades e Banco do Brasil (DRS) se reuniram na lanchonete Carroça Quebrada, na tarde da última terça, 26 de julho. A principal estratégia é coletar informações e contar com o apoio das entidades como, por exemplo, Epagri, Sindicatos, Prefeitura, Associação Comercial, para instigar o associativismo e cooperativismo dos pequenos agricultores. Segundo Mario Borges, gerente da Agencia do BB de Itaiópolis, o programa DRS iniciou em 2006 e já foram realizadas várias reuniões em Itaiópolis envolvendo entidades representativas de classes. O gerente explicou que das reuniões resultou acórdão para elaboração de plano de ação para suprir as carências do setor produtivo da hortifruticultura.
De acordo com Borges, no ano passado houve avanços com a realização de treinamentos, fornecimento da merenda escolar proveniente da agricultura familiar (UNIPAFI) e aquisição de uma camioneta utilitária para a distribuição da produção. Mario comentou ainda a respeito da disponibilização de recursos do BNDES na ordem de R$ 2 milhões a fundo perdido e disse que participou junto com a vereadora Marlete Arbigaus (PP), um técnico da Epagri e o presidente da UNIPAFI de uma capacitação na capital do Estado que tinha por objetivo ensinar como captar recursos.
A outra novidade, segundo Mario, é a aquisição de um terreno através de contrato de comodato com a Prefeitura para a construção de um entreposto. Segundo o gerente do BB, o projeto em Itaiópolis iniciou com dez objetivos direcionados a produção de hortifrutigranjeiros. Todos os objetivos foram discutidos. Alguns já estão sendo executados e os que ainda não saíram do papel Mario pediu sugestões aos presentes. Para Acir Veiga, presidente do STR, a entidade apresentou via Programa Fome Zero projeto para captação de recursos na ordem de R$ 900 mil.
O projeto foi apresentado em parceria com a Coarpa de Mafra e o recurso já está disponível, segundo Veiga. O próximo passo é inserir 40 agricultores de Itaiópolis para a comercialização de diversos produtos. Segundo Mario Borges, a grande dificuldade é a organização dos produtores e a necessidade de informar um número maior de agricultores interessados. “Tem produtor que quer plantar, mas não temos aonde colocar essa produção. A dificuldade é a organização mesmo”, disse Mario.
A necessidade de fortalecer a marca da UNIPAFI nos produtos também foi comentada. A outra proposta é fazer um levantamento para analisar os beneficiários e incluir novos na listagem. Saber se estão na atividade produtiva e promover ações informativas. A lista contém 250 nomes. No entanto, o principal desafio de todas as entidades é fomentar o associativismo e o cooperativismo, para que os agricultores passem a conhecer; entender e confiar na cooperativa. Segundo João Czuika, presidente da UNIPAFI, a meta da cooperativa é atingir 50 sócios. Hoje são 40.
O município de Itaiópolis compra pelo menos 40% da merenda escolar de produtos da agricultura familiar. Falou também da preocupação em construir sede própria para a cooperativa e passar a fornecer alimentos para a Tyson. Para informar a respeito das atividades da cooperativa foi acertado na reunião a promoção de um seminário envolvendo agricultores e as entidades, incluindo estandes com produtos da agricultura de Itaiópolis. A data e o local ainda não foram definidos, mas deve ocorrer em paralelo com a Festa de Aniversário do Município, que acontece no final do mês de outubro. Participaram da reunião, além de Mario Borges (Banco do Brasil), João Czuika (UNIPAFI), Marcos Cardoso (AEI), Acir Veiga (STR), Mauro Kazmierczak (Sindicato Rural), Marlete Arbigaus (Vereadora) e secretário municipal de agricultura, além de outras pessoas.
