Márcio Ribas, 38 anos, que vive a oito meses na Rua Alóis Tyszka, no centro de Itaiópolis teve que colocar a mão no bolso; pagar por 2,5 metros de pedra e arregaçar as mangas para consertar um bueiro para poder entrar na própria casa

Os moradores da Rua Alóis Tyszka, no centro de Itaiópolis continuam sofrendo com a precariedade da via. No inÃcio do ano, a Prefeitura realizou um teste de uma nova tecnologia que visava solidificar o saibro de rolamento, mas bastou à incidência de chuvas na região para tornar o local um caos para o tráfego e um pesadelo aos moradores. Segundo Márcio Ribas, 38 anos, proprietário da casa número 2.041 da rua, a situação da estrada está caótica há pelo menos oito meses. Depois de uma semana de intensas chuvas, a erosão da água causou o afundamento de um bueiro em frente a sua casa, impossibilitando o acesso do seu veÃculo.
Proprietário de uma Ford/Eco Sport, Márcio não pôde entrar na própria garagem. A solução foi comprar por conta própria 2,5 metros de pedra e colocar no local. Para dar sustentação o morador utilizou tábuas e varas de eucalipto. O método improvisado agora permite a entrada do carro de Márcio, ao interior da residência. Segundo o homem, o problema se arrasta desde dezembro de 2010, depois das últimas chuvas. Em frente da casa a tubulação de água tratada da Casan está exposta. Depois de cada chuva a erosão do solo progride morro acima, deixando outros moradores preocupados, que acabam reclamando também do abandono da Rua Alóis Tyszka.
Sem saber a quem recorrer, Márcio foi até a Secretaria de Obras do municÃpio para cobrar uma solução. Ele foi informado que caminhões e máquinas não conseguem chegar até a pedreira, devido ao excesso de chuva. O morador recorreu também ao prefeito, que deu a mesma desculpa. “Até concordo que o tempo chuvoso está atrapalhando a recuperação das estradas, mas será que está chovendo sem parar desde 2010?â€, questionou o morador.
Outro ponto que deixa Márcio inconformado é o fato da Prefeitura cobrar o IPTU, sem ao menos dar condições de trânsito e acesso as residências, no próprio centro da cidade. “Se eu não pagar o imposto, entro em dÃvida ativa, mas pelo menos a Prefeitura poderia dar a contrapartida e consertar o que é público e está estragado que, no nosso caso, é essa ruaâ€, lamenta Márcio Ribas. Segundo outros moradores, a prefeitura tem conhecimento do problema. As famÃlias, que vivem na Rua Alóis Tyszka desaprovam o sistema implantado com nova tecnologia e exigem calçamento e rede de águas pluviais. A Prefeitura utilizou na Rua um material que estabiliza o solo, denominado COM – AID – CBR – Plus. O produto foi desenvolvido na Ãfrica do Sul para a construção de estradas e ruas sem pavimento.
Segundo a Prefeitura, a nova tecnologia diminui custos e consequentemente diminui os gastos públicos, com a reposição de cascalho e pedra. Mas, no entanto, a tecnologia não funcionou na Rua Alóis Tyszka. As Ruas Rui Barbosa e Costa Carvalho são duas paralelas e a Rua Alóis Tyszka é uma transversal que faz a ligação de ambas. Se a Prefeitura pavimentasse o trecho de pouco mais de 300 metros, as três vias urbanas ficariam interligadas por pavimento.
