Enfim formadas!

Publicado por Gazeta de Itaiópolis - 05/02/2011 - 00h37

A história que a Gazeta de Itaiópolis vai contar a seguir é atípica, faz parte de um contexto adverso ao universo acadêmico de qualquer cidade brasileira. Por outro lado, a história ‘experiênciada’ por seis acadêmicas de Itaiópolis é um bom exemplo de perseverança, fé e esperança

Depois de três anos e meio cursando Letras no sistema de ensino a distância, oferecido pela Fundação Universidade do Tocantins (Unitins), no pólo Steffen Educacional de Itaiópolis, as seis acadêmicas prepararam tudo, para que a formatura e colação de grau ocorressem ainda no ano passado. A data escolhida pelas universitárias foi dia 29 de outubro de 2010, mas, por uma falha tudo teve que ser cancelado na véspera, ou seja, dois dias antes. Os convites para o evento estavam prontos e sendo distribuídos; a alimentação estava sendo preparada e o espaço físico estava reservado e também o som para animar o evento.

Tudo corria bem, mas, acabou sendo suspenso. Cada aluna teve despesa com a organização da formatura de aproximadamente R$ 1 mil. Motivo: o pólo educacional Steffen não conseguiu regularizar a documentação das seis alunas, fazendo com que a festa programada fosse cancelada. A partir daí, a história de esperança das acadêmicas foi narrada a mais de três mil quilômetros de Itaiópolis, na capital do estado do Tocantins, Palmas, pela acadêmica Fernanda Luciany Corrêa, que viveu uma odisséia para garantir o direito de colar grau após concluir o curso e letras. A história a seguir foi relatada pela estudante na própria Unitins, em Palmas.

“É muito bom chorar de satisfação, de felicidade”. A declaração é da recém-formada em Letras, pela Unitins – Fundação Universidade do Tocantins, Fernanda Luciany Corrêa. Ela veio ao Tocantins para resolver pendências de seis alunas do curso de Letras, oferecido pelo sistema EAD, na cidade de Itaiópolis, em Santa Catarina. Depois de uma semana sendo atendida por vários profissionais da Unitins para resolver as pendências provocadas por deficiências do Pólo Steffen Educacional, que oferecia as aulas tele presenciais em sua cidade, ela conseguiu colar grau em seu nome e no nome das demais colegas, por meio de procuração.

Fernanda narra que a formatura de sua turma estava marcada para outubro do ano passado, mas o Pólo não conseguiu regularizar a documentação dos alunos, que tiveram que cancelar a festa já programada. Desde então, a deficiência no atendimento do Pólo e a necessidade de ter o diploma nas mãos fez com que ela se deslocasse mais de três mil quilômetros para vir até a Unitins em busca de solução. “Peguei carona de caminhão, numa viagem de três dias, para chegar até aqui e resolver os obstáculos que estavam entre nós e nossos diplomas”, disse.

Fernanda explica que sua turma começou com 40 alunos e apenas sete concluíram o curso. “Nós tivemos muitos problemas gerados pelo mau atendimento do Pólo, mas levamos nosso curso a sério e cumprimos todas as exigências, inclusive financeiras. Entretanto, na hora de finalizar o registro das notas, que são cadastradas eletronicamente, para que a Unitins, que emite os certificados, pudesse providenciar nossos diplomas, os problemas se agravaram”, afirmou. Fernanda não soube explicar o porquê de tantos desencontros de informações, por isso resolveu se submeter ao sacrifício de vir até Palmas para conseguir resolver diretamente na Unitins os problemas que impediam a turma de colar grau e concluir, assim, formalmente o curso.

“Na Unitins, fui muito bem recebida, as pessoas ouviram meus problemas, viram a documentação que eu trouxe e fizeram todo o trabalho que deveria ter sido feito pelo Pólo para regularizar minha situação e de minhas colegas”, afirmou Fernanda, se emocionando novamente ao falar sobre a colação de grau, que ocorreu na manhã da sexta-feira, dia 28, no Gabinete do Reitor. “Quando fiz o juramente e tive que ler o nome das colegas que estavam colando grau comigo por meio de procuração e lembrei todas as dificuldades que superamos para termos essa conquista, não consegui me conter e chorei mesmo”.

Da Unitins Fernanda leva, além de muitas fotografias de todos os departamentos por onde passou, boas lembranças. “É muito bom sabermos que as pessoas estão realmente nos ouvindo e interessadas em resolver nossos problemas. E foi assim que me senti na Unitins. Em cada sala que entrei encontrei profissionais envolvidos com o trabalho e dispostos a resolver os problemas que aparecem. Isso foi muito gratificante”. A nova licenciada em Letras finalizou dando um recado para todos os alunos que fazem cursos à distância pelo Sistema EAD da Unitins. “A Unitins leva muito a sério aquilo que faz e valoriza muito os alunos, por isso não desanimem se forem negligenciados pelos pólos.”

No momento do juramento da colação de grau, feito no próprio gabinete do reitor da Unitins, Fernanda Luciany Corrêa se emocionou.

Ela representou as outras cinco alunas, que ouviram a solenidade através de transmissão diretamente de Palmas via telefone celular. Agora licenciadas em letras, por colação de grau, Fernanda Luciany Corrêa, Carina Sebben, Marisete Ruthes, Amélia Buba, Loriany Regina Corrêa e Roselí Oleinik aguardam pelo diploma. Elas foram prejudicadas na escolha de aulas nas redes municipal e estadual de ensino porque não puderam apresentar o diploma. No entanto, apesar de tantos impasses, elas comemoram o sucesso de ter conseguido se formar, mesmo que a três mil quilômetros de Itaiópolis. Registra-se os méritos as seis acadêmicas pela conquista e por mais essa etapa vencida. Essa matéria, elaborada pela reportagem da Gazeta de Itaiópolis contou com a colaboração da assessoria de imprensa da Unitins, de Palmas no Tocantins.

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3 comentários publicados
  1. Helenilson Pereira da Silva

    Sei como é esse drama. Sou Licenciado em Letras Habilitação Português – Espanhol pela Fundação Universidade do Tocantins (UNITINS). Já recebi o meu diploma e faço Pós-graduação em Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa e Estrangeira pela Faculdade Internacional de Curitiba (FACINTER).

    Espero que essas seis também prossigam e façam uma Pós-graduação.

  2. Kátia

    Se não fosse verdade com certeza não teriam publicado!!!
    A Gazeta é um jornal sério e de responsabilidade, não teria publicado artigos de origem falsa ou duvidosa!!!

  3. Alberto

    Só gostaria que a gazeta antes de publicar seus artigos e historias, verifica-se a veracidade dos fatos.

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