Fé e devoção de Itaiopolenses marcam dia de Nossa Senhora Aparecida

Publicado por Gazeta de Itaiópolis - 16/10/2010 - 11h33

Centenas de romeiros fiéis a Nossa Senhora da Conceição Aparecida caminharam em procissão um trecho de mais de cinco quilômetros para homenagear a mãe de Jesus, a santa considerada a padroeira dos católicos do Brasil. O dia 12 de outubro é uma data especial aos católicos. Em todo o Brasil, além de ser também dia da criança, a data é marcada por muita devoção e fé. Em Itaiópolis não foi diferente. Logo no início da manhã ensolarada de terça-feira, uma alvorada de fogos em todos os vértices do município anunciou o dia de louvar Nossa Senhora Aparecida.

A programação da paróquia Nossa Senhora da Medalha Milagrosa foi especial. Uma romaria de devotos saiu por volta das 09h da Capela do Bairro Bom Jesus, com destino a paróquia da Medalha. A procissão trazia a frente à imagem da padroeira do Brasil. Por volta das 09h45, ao chegar à paróquia, a romaria ganhou adeptos e partiu com destino a capela Nossa Senhora Aparecida, no bairro Lucena. Inspirados por muita devoção a mãe querida, fieis acompanharam a romaria num trecho de aproximadamente quatro quilômetros (Centro – bairro Lucena).

Não existiram obstáculos para os devotos da padroeira. Descalços pisando sobre o asfalto, abaixo de sol “ardido” e enfrentando o vento gelado da primavera, os romeiros percorreram toda a extensão das Avenidas Nereu Ramos e também da Alexandre Ricardo Worell. Crianças, pais com carrinhos de bebê, velhos, adultos e jovens caminhavam com firmeza e devoção a Imagem de Nossa Senhora Aparecida, que seguia a frente da multidão. Uma mistura de canções, mensagem de paz e esperança e de orações, davam força para que os fiéis conseguissem concluir o trajeto.

Estima-se, que mais de 400 pessoas caminharam em procissão até o bairro Lucena. A chegada da procissão a Capela de Nossa Senhora Aparecida, no bairro Lucena, foi saudade com queima de fogos e aceno de bandeirinhas coloridas que registravam as boas vindas à mãe padroeira e aos romeiros. Antes mesmo de o padre Donizete Henrique Pereira iniciar a celebração campal religiosa na capela, houve um testemunho de uma senhora que disse ter recebido uma graça de Nossa Senhora Aparecida. Explicou a multidão, que recebeu a cura de um problema ósseo que apresentava em uma das pernas. Segundo a mulher, a solução do problema foi à fé e a participação na caminhada da procissão no ano de 2009. Após o término na missa, os romeiros participaram de almoço festivo na Capela. A tarde foi animada por músicas e diversões. O Corpo de Bombeiros Voluntários de Itaiópolis juntamente com a polícia Militar acompanharam a procissão, colaborando na segurança dos fieis. Não houve registro de incidentes durante a caminhada dos devotos.

A Pescaria Milagrosa

A sua história tem o seu início em meados de 1717, quando chegou a Guaratinguetá a notícia de que o conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, governador da então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, iria passar pela povoação a caminho de Vila Rica (atual cidade de Ouro Preto), em Minas Gerais.

Desejosos de obsequiá-lo com o melhor pescado que obtivessem, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves lançaram as suas redes no rio Paraíba do Sul. Depois de muitas tentativas infrutíferas, descendo o curso do rio chegaram a Porto Itaguaçu, a 12 de outubro. Já sem esperança, João Alves lançou a sua rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora Aparecida sem a cabeça. Em nova tentativa apanhou a cabeça da imagem. Envolveram o achado em um lenço.

A Rainha e Padroeira do Brasil

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Oficial em 16 de julho de 1930, por decreto do papa Pio XI, sendo coroada. Pela Lei nº 6.802 de 30 de junho de 1.980, foi decretado oficialmente feriado no dia 12 de outubro, dedicando este dia a devoção. Também nesta Lei, a República Federativa do Brasil reconhece oficialmente Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil.

Caem as Correntes

Em meados de 1850, um escravo chamado Zacarias, preso por grossas correntes, ao passar pela igreja onde se encontrava a imagem, pede ao feitor permissão para rezar. Recebendo autorização, o escravo se ajoelha diante de Nossa Senhora Aparecida e reza fervorosamente. Durante a oração, as correntes, milagrosamente, soltam-se de seus pulsos deixando Zacarias livre.

Cavaleiro e a Marca da Ferradura

Um cavaleiro de Cuiabá, passando por Aparecida, ao se dirigir para Minas Gerais, viu a fé dos romeiros e começou a zombar, dizendo, que aquela fé era uma bobagem. Quis provar o que dizia, entrando a cavalo na igreja. Logo na escadaria, a pata de seu cavalo se prendeu na pedra da escada da igreja (Basílica Velha), vindo a derrubar o cavaleiro de seu cavalo, após o fato, a marca da ferradura ficou cravada da pedra. O cavaleiro arrependido, pediu perdão e se tornou devoto.

A menina cega

Mãe e filha caminhavam às margens do Rio Paraíba do Sul, quando surpreendentemente a filha cega de nascença comenta surpresa com a mãe : “Mãe como é linda esta igreja” Basílica Velha. Daquele momento em diante, a menina começa a enxergar.

O Menino no Rio

O pai e o filho foram pescar. Durante a pescaria, a correnteza estava muito forte e por um descuido o menino caiu no rio. O menino não sabia nadar, a correnteza o arrastava cada vez mais rápido e o pai desesperado pediu a Nossa Senhora Aparecida para salvar o menino. De repente o corpo do menino parou de ser arrastado, enquanto a forte correnteza continuava, e o pai salvou o menino.

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