Não é somente com as más condições das estradas que “costuram†o Conjunto Habitacional Lucena que a população sofre. Um fator de risco a saúde preocupa as 110 famÃlias que residem no Conjunto. A Gazeta de Itaiópolis foi a Cohab Lucena e comprovou o que dizem os moradores. Nas proximidades do Centro Comunitário e da quadra de futebol de areia existe uma fossa sanitária coletiva, que recebe dejetos humanos provenientes de todo o conjunto.
Acontece que a fossa está transbordando e segundo moradores em uma delas, a tampa ruiu. No inÃcio da manhã de ontem, o odor de fezes nas redondezas era insuportável, mesmo após chover durante a noite. “Eu só estou morando aqui porque não consigo comprar uma casa em outro lugarâ€, diz Matilde Alves dos Santos, 69 anos, que convive vizinhando com o problema há 20 anos.
A fossa foi construÃda no meio de um matagal, na esquina entre as Ruas Alfredo Jankoski e Antonia Galovski. Para a moradora Sirlene dos Santos, 29 anos, o problema sempre existiu. “Esse ano o caminhão limpa fossa veio somente duas vezes esgotar essa fossaâ€, disse. Para José Lucival, 46 anos, que vive no conjunto há quatro meses, o problema é ridÃculo. “Foi o único lugar que vi um problema desses até hoje. Não posso colocar o rosto para fora de casa e em dias de calor ninguém consegue suportar o fedor da fossaâ€, explica o morador.
Além de oferecer riscos de contaminação à saúde humana os moradores estão preocupados com acidentes que podem ocorrer, tipo uma criança cair dentro da fossa. Não tem tampa e sequer sinalização de perigo. O sistema de captação de águas pluviais também é deficiente nas ruas. A erosão da água formou uma cratera as margens da Rua Antonia Galovski. Quando a fossa transborda os resÃduos correm por valas e incomodam também moradores da Rua Serafim Furtado de Mello. A pedido do presidente da Associação de moradores da Cohab Lucena, Gilmar Osório, a vereadora Marlete Arbigaus apresentou a Câmara no dia 08 de agosto de 2009 uma indicação pedindo que o poder Executivo tomasse providências do problema. Passaram-se 11 meses e nada foi feito. A população continua sofrendo com o cheiro fétido que a fossa exala.

Moradores da Rua Tapauá, na Vila Santa Luzia da Torre,Recife, estão enfrentando problemas com fossa à céu aberto. As crianças estão doentes e já acionaram o órgão responsável várias vezes. As respostas são: amanhã. Imagine que tem um posto na própria Vila.