Fumicultores do Sul de Santa Catarina suspendem entrega do produto e ameaçam fechar empresas fumageiras, caso não ocorra negociação na próxima semana
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Mais de 700 produtores de tabaco (fumicultores) do Sul de Santa Catarina estiveram reunidos na noite do dia 24, na localidade de Soares em Araranguá/SC a fim de definirem os rumos que o setor irá tomar frente aos problemas enfrentados junto às empresas que compram o produto. Depois de horas de debate ficou definido que nenhum fumicultor de Santa Catarina deve entregar seu produto para as empresas fumageiras até o dia 31 de janeiro, dia em que representantes de entidades que representam os agricultores nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, juntamente com Afubra (Associação dos Fumicultores do Brasil) devem se reunir (pela terceira vez nesta safra) em Santa Cruz do Sul/RS, em mais uma negociação para assinatura de um protocolo com as empresas que compram fumo no Brasil onde devem ser definidos os valores pagos pelo produto e os critérios de classificação.
Segundo os representantes a decisão deste grupo deve ser levada a todos os produtores de tabaco dos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná fazendo assim uma grande mobilização no intuito de pressionar as empresas fumagerias a melhorarem tanto o preço pago pelo produto quanto os critérios de classificação. O presidente do STR de Itaiópolis Acir Veiga estará participando da reunião em Santa Cruz do Sul RS, na próxima semana na sede da Afubra, representando o planalto norte de SC, que conta com 11 mil produtores de tabaco. “Esta negociação é a mais difícil dos últimos dez anos” disse Veiga. “Na região temos uma safra diminuída em virtude do clima desfavorável para a cultura do tabaco com baixa produtividade”, explica Acir Veiga. O cambio desfavorável para exportação e o incentivo do governo norte americano que voltaram a produzir tabaco. As grandes empresas cigarreiras que trabalham com estoque reduzido e uma super safra no sul catarinense e Rio Grande do Sul, são fatores desfavoráveis e impasses para uma negociação.
Na região do planalto norte de SC está se iniciando a comercialização, mas a reclamação dos produtores quanto à classificação feita pelas empresas é grande. Alem da safra ser pequena, estão derrubando o preço na classe, reclamam os produtores.