
Aconteceu nesta semana na cidade de Ponta Del Leste no Uruguai, o encontro promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) tratando do controle do tabaco dos temas constantes da convenção quadro do qual o Brasil assinou o protocolo em 2005.
Participaram do evento representante de 170 paÃses nos debates que iniciou dia 15/11 e se encerra hoje 20 com a votação final sobre a proibição de adição de agentes de sabor e açúcar na confecção de cigarros. Segundo Acir Veiga, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itaiópolis, que acompanha a discussão do assunto desde 2003, a decisão tomada esta semana poderá influenciar negativamente na produção do tabaco tipo burley e afetar diretamente 60.000 produtores já no próximo ano. O tabaco burley perde açúcar com a secagem, mas permite adição na hora do beneficiamento, com a proibição o produto se torna inviável para a produção de cigarros e em conseqüência não terá valor comercial.
João Haltoff vice – presidente da Fetaesc que esteve presente no encontro disse que a posição do governo brasileiro é de adiamento da decisão e pede estudos mais aprofundados do tema. No mundo existem drogas muito mais destruidoras da saúde comparada com o tabaco e ninguém esta se preocupando com isto, disse o sindicalista. A posição da OMS é erradicar o tabagismo no mundo e vamos enfrentar várias restrições alertou Veiga. Para Itaiópolis que tem mais de 2.000 produtores de tabaco as decisões do grupo COP4 é preocupante para a renda e sobrevivência da agricultura familiar.
