O empresário Erico Mallmann foi condenado a sete anos de reclusão em regime semi-aberto e ainda, poderá responder em liberdade até que o recurso seja julgado definitivamente pelo Tribunal de Justiça, o que não deverá acontecer em breve. Ainda, um fato inédito chamou a atenção do presidente do Tribunal, pois o corpo de jurados foi formado por sete mulheres através de sorteio
Aconteceu na última quinta-feira, 11 de novembro, no Fórum da Comarca de Itaiópolis o julgamento do empresário Erico Mallmann. O julgamento teve inicio às 09h e seguiu até as 20h, com pausa de pouco mais de 40 minutos para almoço. Um fato inédito chamou a atenção da promotoria da Comarca, do presidente do tribunal e dos próprios advogados do réu, onde dos 25 nomes intimados para formação do corpo do júri, incluindo homens e mulheres, foram sorteados os sete nomes, onde todas eram mulheres. O fato mereceu destaque do presidente do Tribunal do júri, que ao realizar mais de 100 julgamentos é a primeira vez que viu uma situação impar dessas. Mas, ao encerrar a sessão do júri, Erico Mallmann foi condenado pela justiça de Itaiópolis a sete anos de reclusão. A justiça condenou ainda, o réu, ao pagamento das custas processuais e fixou a pena em regime semi-aberto. Mallmann poderá apelar da sentença em liberdade. Após a leitura da sentença pelo presidente do tribunal, os presentes a sessão demonstraram indignação e o clima era de silêncio. Aos poucos, a sala do júri foi sendo esvaziada e ao descer as escadas do Fórum, as opiniões se dividiam quanto ao veredito final da justiça. Erico Mallman era acusado de ter matado o jovem Paulo César Demeterko com dois tiros, em frente ao ponto de ônibus da empresa Embraco, no bairro Bom Jesus. Mallmann já havia comparecido ao Tribunal do júri no dia 08 de setembro, mas o julgamento acabou sendo suspenso por um defeito no VHS (aparelho que registra filmagens de câmeras) da empresa Embraco.
O homicÃdio
Érico Mallmann, conhecido popularmente como “Manuel†também é proprietário da empresa Sulmad. Ele é acusado pelo Ministério Público da Comarca, que o denunciou, de ter matado o jovem Paulo César Demeterko. Segundo o inquérito policial, e depoimentos de testemunhas, na madrugada do dia 13 de fevereiro de 2008, Mallmann munido de um revólver calibre 38, marca Rossi, efetuou dois disparos contra a vÃtima, que não teve chance de defesa. Os fatos aconteceram em frente à empresa Embraco, num ponto de ônibus, no bairro Bom Jesus. A promotoria, que fez a denúncia, alega que o acusado não teria sequer porte de arma de fogo. Na madrugada do crime, dizem à s testemunhas que Mallmann parou seu veÃculo Volkswagen Golf, de cor prata, em frente ao ponto de ônibus da Embraco e que estava acompanhado de mais uma pessoa. O acusado desceu e sacou do revólver, alvejando o jovem Paulo César Demeterko, que estava acompanhado da filha de Mallmann, com a qual mantinha um relacionamento afetivo.
