Moradora reclama de infestação de ratos na “Cohabinhaâ€

Publicado por Gazeta de Itaiópolis - 05/02/2012 - 22h08

Eles moram há 10 anos no local, numa pequena casa de madeira, que não tem forro e nenhum tipo de conforto.

Já imaginou você chegar à casa ao final de um dia de trabalho intenso e não ter um banheiro para tomar banho? Ou, no meio de uma noite de chuva, precisar fazer as necessidades fisiológicas e não ter uma privada? Essa realidade sórdida e que parece ser apenas uma ‘estória’ é a vida real de Antônia Santana, de 65 anos.

A velha mora na “Cohabinhaâ€, do bairro Bom Jesus, em companhia do filho Narciso Lopes, de 38 anos. Eles moram há 10 anos no local, numa pequena casa de madeira, que não tem forro e nenhum tipo de conforto. Para construir o casebre, segundo Narciso, o telhado e as madeiras foram doações e ele apenas pagou a mão-de-obra de um carpinteiro.

A família vive em condições subumanas. Dona Antonia, mesmo aos 65 anos, ainda não conquistou o beneficiou da aposentadoria. A casinha não tem luz e água, apenas um fogãozinho a lenha, que exala uma fumaça de arder os olhos.  Ao chegar à casa a situação impressiona. Uma grande quantidade de lixo está depositada. Os cômodos do interior do casebre servem como depósito de roupa usada e outras bugigangas.

Entretanto, essa condição de vida adotada, ou imposta à família, está preocupando moradores do entorno da casa. Segundo a moradora Rosane Aparecida Velter de Quadros, de 41 anos, o problema é a proliferação de ratos devido ao acumulo de lixo na casa de Antonia.

Rosane mora há 11 anos na Rua Ule Weigle, na Cohabinha, e coincidentemente bem próximo a casa de Antonia. Ela trabalha a dois anos na pastoral da criança e teme os resultados negativos que podem vir à tona em decorrência do aumento da população de ratazanas. “Se alguma criança contrair leptospirose, quem vai ser responsabilizado?†disse Rosane.

Com receio que o descaso de Antonia pela própria casa traga conseqüências imensuráveis como, uma epidemia de leptospirose, Rosane recorreu a Vigilância Sanitária, a Secretaria de Ação Social, ao Conselho Tutelar e a Defesa Civil do município, para serem tomadas as providências necessárias.

Segundo a moradora Rosane, os órgãos do governo visitaram a casa de Antonia e ficaram impressionados com a quantidade de lixo e o matagal. Com medo do ataque de ratos, Rosane espalhou por toda a casa, inclusive pela sala e na cozinha, em pontos estratégicos veneno para matar rato.

“Sábado passado matei um rato dentro da minha lavanderiaâ€, disse. A moradora registrou o tamanho do roedor com uma foto no celular. Durante o dia não há problema, mas a noite, segundo Rosane, os ratos invadem a casa e andam pelo forro fazendo barulho e devorando o que encontram. Segundo a moradora, a Prefeitura se comprometeu em fazer uma operação conjunto de limpeza e organização na casa de Antonia.

A “Gazeta de Itaiópolis†procurou o secretário municipal de Desenvolvimento Social e Habitação Julmar Zerger, que disse que tem conhecimento da situação e que acordaram junto a Defesa Civil, Conselho Tutelar e Vigilância Sanitária uma operação conjunta na casa de Antônia Santana. A intenção é colocar um grupo de homens da secretaria de obras para a limpeza do entulho e do matagal, na área externa da casa, para evitar a proliferação de ratos. A secretaria de Ação Social vai intensificar o trabalho de orientação, para que a moradora organize o interior da casa, descartando o que não vai ser utilizado. Por outro lado, segundo informações de Rosane Aparecida Velter de Quadros, até o inicio da tarde de ontem a Prefeitura não tinha comparecido no local para fazer a limpeza.

 

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