Para colher produtos da lavoura como, por exemplo, o tabaco, agricultores da localidade de Rio do Tigre arriscam a travessia por dentro do próprio rio. A manobra é perigosa, mas é a única maneira de salvar a produção

Na tarde do dia 01 de março, a vereadora Marlete Arbigaus (PP) de Itaiópolis esteve visitando a famÃlia do fumicultor Adilson Miguel Lukasinski, 55 anos, que vive na localidade de Rio do Tigre, interior de Itaiópolis. O agricultor, que produz tabaco há pelo menos 41 anos convidou a parlamentar para ver as condições enfrentadas para produzir o fumo, principalmente no tocante à s condições de tráfego.
A principal reivindicação da famÃlia é a construção de uma ponte, que acabou sendo levada há um ano, por um temporal. A ponte faz a ligação da propriedade da famÃlia com a lavoura e é indispensável para a travessia com a produção e insumos agrÃcolas. Na tifa, existem pelo menos quatro produtores de tabaco e sete estufas em operação.
Os quatro produtores dependem da ponte. Hoje a travessia é feita de trator agrÃcola sobre o rio e, segundo Adilson, quando chove e o rio sobe e não é possÃvel atravessar para a lavoura. Conforme Cesário Lukasinski, agricultor de 80 anos, a ponte foi construÃda pela Prefeitura há 10 anos.
A famÃlia Lukasinski se dispôs a fornecer a madeira de eucalipto para a construção da ponte, mas mesmo assim a Secretaria de Obras ainda não deu atenção aos fumicultores da localidade. Devido à precariedade da estrada geral (no final do Rio do Tigre) a produção de leite também tem de ser baldeada com trator, até o local onde o caminhão da coleta consegue chegar para apanhar o produto. O trecho que precisa ser reparado com patrolamento e encascalhamento, segundo os moradores, é de apenas dois quilômetros.
No local onde existia a ponte hoje é possÃvel ver apenas os resquÃcios da madeira, que foi arrastada pela água. A famÃlia Lukasinski e os demais produtores que dependem da travessia sobre o rio pedem a Prefeitura que faça ao menos as cabeceiras da ponte, pois o serviço depende de máquina retro escavadeira. Ao todo, na localidade são 12 famÃlias que produzem tabaco, leite e grãos.
