Participaram da oficina em Florianópolis a vereadora Marlete Arbigaus, o presidente da Unipafi João Adelmo Czuika, Mário César Borges gerente da agência BB local e Priscila Scoz, da Epagri de Itaiópolis

O Banco do Brasil e o Fundo Social BNDES firmaram acordo técnico para apoiar associações, cooperativas e fundações participantes da Estratégia de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS) com recursos não reembolsáveis. No último dia 15, a vereadora Marlete Arbigaus, o presidente da Cooperativa de Produtores da Agricultura Familiar (Unipafi), João Adelmo Czuika, o gerente da agência do Banco do Brasil Mário César Borges e a engenheira agrônoma da Epagri Priscila Scoz participaram de oficina que teve como objetivo orientar sobre a elaboração de projetos para ter acesso ao apoio financeiro.
O evento, realizado na Superintendência Estadual do Banco do Brasil, ao lado da Praça da Figueira em Florianópolis, contou com a presença de cerca de 70 pessoas. Ministrada pelo gerente de divisão da Unidade de Desenvolvimento Sustentável (UDS) do BB, Calos Alberto Garcia, a oficina abordou temas como a parceria entre o BB e o BNDES e o processo de estruturação de projetos.
Marlete, que escolhida para representar a Associação das Mulheres da Horticultura de Itaiópolis, e João Czuika foram ao encontro para saber mais sobre as vantagens que essa parceria pode trazer aos beneficiários do DRS de Hortifrutigranjeiro da agência do BB de Itaiópolis, do qual participam.
Segundo o gerente da agência, Márcio César Borges, os recursos podem melhorar a estratégia de distribuição e comercialização dos produtos. “O objetivo de buscar esses incentivos é poder atingir outros mercados, por meio da compra de veículos para transporte. Além disso, queremos construir um pavilhão para comercializar o que é produzido”, disse.
O DRS da agência Itaiópolis tem, no total, 162 beneficiários, incluindo os produtores independentes, que não estão ligados à cooperativa. “A nossa intenção em aprimorar a venda e a distribuição é também atrair os agricultores que ainda não são cooperados, mostrando que a cooperativa pode gerar lucro”, conta o gerente.
Para pleitear os recursos do Fundo Social BNDES, as associações, cooperativas e fundações participantes do DRS precisam primeiramente encaminhar carta consulta, elaborada em formulário específico, e entregar na agência do Banco do Brasil. Se aprovada, a entidade deve providenciar o projeto, que passará pela análise da Diretoria de Crédito do BB e, por último, seguirá para o BNDES, que toma a decisão final sobre a concessão ou não do apoio.
Estratégia de DRS
Criada em 2003, a Estratégia Negocial DRS busca impulsionar o desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras, considerando as potencialidades, vocações e características locais. Criam-se oportunidades para os brasileiros e mais negócios para o BB.
O pressuposto é o de que não basta levar às atividades produtivas e às comunidades menos organizadas apenas o crédito. Promover o desenvolvimento sustentável exige ações de adensamento da cadeia produtiva, organização dos agentes, capacitação dos atores, introdução de novas tecnologias “limpas” e de serviços diversos, ações institucionais, disseminação da cultura empreendedora e apoio à gestão, promoção do acesso a mercados, entre outras ações relevantes. Nesse novo cenário, o crédito pode entrar de forma responsável e contribuir efetivamente para o desenvolvimento das regiões brasileiras.
A estratégia reúne parceiros da área governamental das três esferas – municipal, estadual ou federal -, iniciativa privada, universidades, centros de pesquisa, agências de fomento, ONG’s, movimentos sociais e outras organizações da sociedade civil, que atuam desde o planejamento das ações conjuntas, até na coordenação dos trabalhos e no acompanhamento do plano construído por todos.
Para o desenvolvimento da estratégia, foi criada metodologia própria, passível de ser aplicada em qualquer região do país e para qualquer segmento da economia, seja na agropecuária, indústria, comércio ou serviços. Essa metodologia é composta, basicamente, pelas etapas de mobilização, elaboração de diagnósticos, desenvolvimento de planos de negócios, implementação de ações, monitoramento e avaliação de resultados. Hoje são trabalhadas mais de 100 atividades diferentes.
