Nesta segunda-feira 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, uma data para não ser comemorada e sim para conscientizar a população em prevenir abusos e violências contra crianças e adolescentes e da importância de denunciar seus agressores.

A campanha tem como símbolo um flor, que lembra os desenhos da infância, associando a fragilidade da flor com a da criança, e foi criada após uma menina de oito anos ter sido sequestrada, drogada, espancada, estuprada e morta por dois jovens de famílias tradicionais do Espirito Santo na década de 70. O corpo da menina foi encontrado em uma rua principal da capital capixaba com o rosto desfigurado por ácido. Com o silêncio da sociedade na época os criminosos ficaram impunes.

Para conscientizar as crianças com idade entre seis e dez anos, o município de Itaiópolis, através do Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, promoveu durante a semana a apresentação da peça teatral “Vim Ver Maria”. A peça produzida pela Associação Cultural Soarte, de Ourinhos/SP, tem 45 minutos e retrata o tema com uma linguagem direta, com humor e muita informação sobre o tema, prendendo a atenção e emocionando o público formado por crianças e adultos.

Para a psicóloga do CRAS, Sandra Carla Brandt, deve se destacar a importância da escola e das equipes de saúde que funcionam como um canal para a revelação das situações de violência sexual. Lembrou ainda que é preciso orientar as próprias crianças de como enfrentar a situação. “Não basta que possamos identificar os fatos e punir os agressores. É fundamental que as crianças e adolescentes sejam acolhidas e tratadas adequadamente para que tenham condições de recuperar-se integralmente e de voltarem ao seu convívio social de forma sadia”, falou.

O slogan “Faça Bonito – Proteja nossas crianças e adolescentes” – usado na campanha quer justamente chamar a sociedade para assumir a responsabilidade de prevenir e enfrentar o problema da violência sexual praticada contra crianças e adolescentes no Brasil. Denuncie através do Conselho Tutelar: 3652-1149 ou Disque 100.