Pesquisa indica que haverá redução de 6% no plantio do tabaco

Publicado por Gazeta de Itaiópolis - 19/09/2011 - 23h33

Para saber como anda a atividade da fumicultura no Planalto Norte de Santa Catarina e as tendências para a próxima safra, entrevistamos o presidente do STR de Itaiópolis e também coordenador na ASTRAMATE Acir Veiga.

Conforme dados da pesquisa realizada pela FETAESC e Sindicatos de Trabalhadores Rurais, da região do Planalto Norte Catarinense, os indicadores apontam uma redução de 6% na área a ser cultivada nessa próxima safra. O Planalto Norte conta com 11 mil produtores de fumo cultivando uma área de 35.200 hectares com tabaco. Foram pesquisados na região 138 produtores e os dados são os seguintes: a média da propriedade de 12.2 hectares sendo que 3.2 hectares são cultivados com fumo. 55% das estufas já são de ar forçado, ou seja, 5% a mais do que no ano passado.

Apenas 3% dos produtores estão plantando sem registro com empresas e que no ano passado o número era de 21%. Como houve dificuldade de comercialização, os produtores não estão arriscando plantar fora do pedido. A produtividade média obtida na última safra foi de 2.118 quilos por hectare e o preço recebido em média foi de R$ 5,10, bem abaixo da média obtida na safra passada. 80% dos produtores vão utilizar lenha própria e apenas 20% estão dependendo de comprar lenha. Esse é um fato importante que a cada ano que passa o produtor está menos dependente de comprar lenha de fora. Outro item importante é a mão de obra. 84% estão usando mão de obra familiar e apenas 16% que dependem de contratar mão de obra de terceiros.

O preço médio da mão de obra contratada ficou em R$ 46,10, por dia. As principais dificuldades apontadas pelos produtores foram: preço do fumo, classificação, clima e mão de obra. 28% dos produtores são mistados, ou seja, possuem pedidos com mais de uma empresa. A renda anual média por família na atividade foi de R$ 37.276,12.

O endividamento dos produtores de tabaco ficou em R$ 22.032,00, portanto, o fluxo de dinheiro girando nas cidades produtoras de fumo foi menor devido aos fatores como classificação rigorosa, o preço do produto e o comprometimento com dividas. Para o presidente do STR Acir Veiga, a tendência para a próxima safra de fumo é de uma pequena melhora. “O agricultor está mais consciente com os gastos desnecessários e também um controle maior nos financiamentos. No entanto, o sucesso da atividade para a próxima safra também depende das condições climáticasâ€, avalia o sindicalista.

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