Kelly Marise Witt Mirek disse que ex-presidente do Instituto não aceita a derrota

A presidente do Instituto de Previdência do Município de Itaiópolis (IPMI) Kelly Marise Witt Mirek participou da reunião do poder legislativo, na última segunda, 20. O objetivo foi dar respostas ao assessor de gabinete do Executivo Jair Hirth, que em sessão anterior fez alusões ao Instituto, que hoje é presidido por Kelly. A presidenta aproveitou a ocasião para fazer uma breve prestação de contas, dos primeiros seis meses de mandato frente ao Instituto. Kelly iniciou seu discurso dizendo que a Câmara não é local para resolver assuntos particulares e desentendimentos ocorridos. Segundo a presidenta o IPMI não perdeu dinheiro algum nas negociações do parcelamento da dívida do poder Executivo, assim como afirmado por Hirth. De acordo com Kelly, houve transparência em todas as negociações com a Prefeitura. “Finalmente conseguimos que o parcelamento passasse pela Câmara”, disse a presidenta. Conforme Kelly o cálculo da dívida foi feito diversas vezes. Por primeiro chegou-se ao valor de R$ 501.847,30, com índice de reajuste pela taxa Selic. “O parcelamento foi assinado pelo Executivo e nós o recebemos, mas ele não passou pela Câmara. Quando desceu para a Casa Legislativa veio com reajuste pelo INPC. No entanto, passou pela Câmara e foi aprovado”, contextualizou a presidente do IPMI. Segundo a presidenta, como o município recebe dívidas com índices de reajuste do INPC também paga as suas dívidas com taxas indexadas pelo INPC. Para a presidenta, isso não caracterizou nenhuma perda. “Se houve perda nessa negociação, nas anteriores a mesma coisa aconteceu”, justificou Kelly. O valor maior da dívida do Executivo com o Instituto ocorreu de julho a novembro de 2010, época em que o IPMI era administrado por Jair Hirth. “Acho estranho a pessoa deixar acontecer à dívida e depois falar em perda”, comentou Kelly. O município de Itaiópolis ficou por três meses com a Certidão de Regularidade Previdenciária (CRP) bloqueada, devido não ter oficializado o parcelamento da dívida com o Instituto. Como o parcelamento foi assinado, a CRP foi liberada no último dia 24 de maio. Ainda, segundo Kelly, o IPMI contratou serviço de assessoria jurídica para o exercício de 2011. “Não tomei essa decisão sozinha; tive o consentimento do Conselho em reunião realizada dia 11 de janeiro último”, argumentou a presidenta. O Instituto paga pelo serviço, segundo a presidenta R$ 660,00 por mês, independente quantos processos ou embargos serão analisados. Em apenas seis meses, a assessoria jurídica do Instituto já trabalhou em cima de 11 processos. No ano passado, na gestão de Hirth, o IPMI pagava ao jurídico da Prefeitura um salário mínimo por processo. “Se tivéssemos seguido o modelo do ano passado, já teríamos um gasto de cerca de R$ 6 mil, até o momento”, explicou a presidenta. No novo sistema adotado pelo IPMI até o mês de junho desse ano, foi gasto com assessoria jurídica R$ 3.300,00. No inicio do mandato de Kelly o IPMI recebeu do Tribunal de Contas do Estado três aposentadorias com erro de calculo, fundamentação de aposentadoria errada e uma anulada. Segundo a presidenta, vários documentos de um computador do IPMI foram deletados no final do ano passado. Atualmente o IPMI está com caixa de R$ 6.379.286,00 em aplicações financeiras. Kelly encerrou seu pronunciamento pedindo ao poder Executivo a valorização dos servidores, no que diz respeito a salários e plano de carreira.