Projeto de parcelamento da dívida com o IPMI é aprovado com três emendas

Publicado por Gazeta de Itaiópolis - 22/04/2011 - 21h26

Foi aprovado na última reunião da Câmara de Itaiópolis, realizada na última segunda, 18, um projeto de lei de autoria da Prefeitura que trata do parcelamento de débitos patronais devidos e não repassados ao Instituto de Previdência do Município de Itaiópolis (IPMI). O projeto recebeu votação unânime, mas, porém, a comissão de Redação, Legislação e Justiça da Casa apresentou pelo menos três emendas a redação original do projeto. O parecer da comissão foi favorável a aprovação. As emendas propostas pela Comissão modificam o artigo 1° e o 2° artigo do parágrafo único do referido projeto.

A primeira emenda modificativa diz respeito ao número de parcelas, que serão ajustadas no termo de confissão de dívidas. A emenda proposta reduz de 60 para 20 parcelas mensais consecutivas a contribuição patronal não repassada ao IPMI nos meses de julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro e 13° salário do ano de 2010. O valor da dívida da Prefeitura com o IPMI ultrapassa R$ 470 mil. De acordo com o presidente da Comissão de Redação, a emenda foi proposta para que a divida seja saldada ainda durante a gestão do atual governo, sem deixar saldo de débitos previdenciários para outro governante.

A outra emenda proposta trata da atualização de juros das parcelas vencidas e que vão vencer. A emenda propõe correção pelo Ãndice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) acrescido de juros de 1% ao mês, acumulados desde a data da assinatura do termo de acordo de parcelamento até o mês do efetivo pagamento.

Ainda, a Comissão de Redação, que é presidida pelo vereador Alcides Nieckarz (PSB) apresentou emenda aditiva no artigo 1° do projeto original, incluindo parágrafo único. Conforme a emenda aditiva, o vencimento da primeira parcela será, no máximo, até o último dia útil do mês subsequente ao da publicação do termo de acordo de parcelamento. A Comissão justifica a emenda aditiva baseado no parágrafo 6° do artigo 5° da portaria 402, de dezembro de 2008 do Ministério da Previdência Social. Conforme o presidente da Comissão, caso haja tempo dos trâmites legais e se o prefeito sancionar o projeto com as respectivas emendas, a primeira parcela a ser paga ao IPMI vencerá no final do mês de maio.

As negociações de bastidores entre a Prefeitura e o IPMI perduraram pelo menos três meses, até que o projeto de lei do parcelamento da dívida fosse encaminhado para conhecimento e aprovação da Câmara. A Prefeitura chegou a concordar com as propostas de atualização de juros pelas taxas Selic e com o limite de 20 parcelas, apresentadas pelo IPMI. No entanto, ao enviar para a Câmara o projeto foi modificado pelo Executivo. Em tese, houve por parte da Prefeitura desonra do cumprimento do acordo pré-estabelecido. Até o projeto de Lei número 17 ser sancionado pelo prefeito, tecnicamente o poder Executivo está com a Certidão de Regularidade Previdenciária (CRP) bloqueada.

Projeto 15 deverá ser votado na segunda

Ainda está tramitando na Câmara de Vereadores o projeto de lei número 15, que pretende alterar e acrescentar dispositivos na lei municipal número 53 de 2002, que institui o Regime Próprio de Previdência Social do Município (IPMI). A primeira alteração proposta é na redação do parágrafo segundo do artigo 16 da referida lei. A alteração é de apenas um vocábulo, onde ao invés do IPMI poder parcelar débitos patronais, se o projeto for aprovado, o Instituto deve parcelar os débitos. Ainda, a proposta do projeto é acrescentar os parágrafos terceiro e quarto ao artigo 16 da lei 53. Com o acréscimo de dois novos parágrafos a Prefeitura impõe prazo de 15 dias para o firmamento do termo de confissão e parcelamento da dívida. A justificativa é que havia até então muita demora nas negociações, que levavam meses. Em caso do não cumprimento do prazo para firmar o termo, o prefeito vai poder através de decreto declarar a divida e fixar os termos do parcelamento e da confissão.

Segundo a presidência atual do IPMI, esse projeto retira a autonomia do presidente e desrespeita os funcionários públicos, que através do voto escolheram democraticamente o gestor do IPMI. O projeto número 15 da Prefeitura está tramitando nas Comissões da Câmara e deverá ser apreciado e votado na próxima reunião plenária, na segunda, 25.

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