Rio da Estiva: Ambulância precisa ser “rebocada” no socorro a uma paciente

Publicado por Gazeta de Itaiópolis - 10/06/2012 - 16h28

Para transportar mulher operada ambulância precisa ser guinchada várias vezes por trator traçado

Estar com problema se saúde já é difícil para qualquer pessoa. Mas imagine ter feito uma cirurgia e precisar sair ou chegar em casa de ambulância? Mas imagine ainda precisar chegar em casa na maca de uma ambulância e esse veículo ser “puxado” por um trator com tração nas quatro rodas? Tudo isso é realidade e acontece em Rio da Estiva, em Itaiópolis.

A “Gazeta de Itaiópolis” visitou a família de Beno Ostrovski, de 59 anos, que está enfrentando esse tipo de dificuldade. Sua esposa, Leoni Terezinha Ostrovski, de 56 anos, precisa com freqüência ser levada para o Hospital e retornar para a casa, mas necessita de ambulância do Município, pois fez uma cirurgia ortopédica na região do quadril.

A primeira cirurgia aconteceu no dia 20 de dezembro de 2011, em Curitiba. Para trazer dona Leoni para casa ou levá-la para fazer sessões de fisioterapia em dias de chuva à ambulância precisou várias vezes ser rebocada pelo trator da família. Foi uma verdadeira odisséia. Um sofrimento.

No último mês de maio dona Leoni foi submetida a nova cirurgia, na região do quadril, mas desta vez no outro lado. Os procedimentos são feitos para corrigir problemas ósseos que sofreram desgastes com o tempo. Para evitar novos problemas com o transporte da paciente, que precisa impreterivelmente da ambulância, com a falta explícita de cascalho na estrada que dá acesso a casa da família seu Beno buscou ajuda na Secretaria de Obras, para consertar a estrada.

Segundo o agricultor, que vive em Rio da Estiva há 32 anos, produzindo tabaco, o ex-secretário de Obras Claudinor Krajevski, disse e assegurou pelo menos 16 cargas de pedra, para garantir o tráfego dos veículos da família e também da ambulância, quando necessário. Mas, entretanto, até então as pedras ainda não apareceram ou chegaram à via.

Por mais que seja um acesso secundário, a família precisa muito do cascalho, para poder transitar e sair e chegar em casa. Segundo a família, em uma das vezes que o trator puxou a ambulância com dona Leoni dentro e acamada, o veículo por pouco não tombou na cabeceira de um bueiro.

Outro problema, segundo o agricultor Beno, é a ponte que também dá acesso a sua residência e a de dois vizinhos. Em dias de chuva a água transborda sobre a estrada, pois a manilha colocada para escoar a mesma não tem o diâmetro necessário e por isso não consegue dar vazão a água.

A estrada que leva a casa da família tem pouco mais de 700 metros de extensão, que precisam de encascalhamento. O agricultor Ronaldo Lukasinski, de 29 anos, contou que precisa levar dia-a-dia sua filha de seis no colo, para apanhar o ônibus do transporte escolar. O colono usa bota de borracha e se vê obrigado a amassar barro na sola para poder garantir estudo a sua filha.

Persistente e na esperança de resolver o problema, seu Beno disse que procurou o novo secretário de obras do município, Curt Silveira, mas a conversa se resumiu a troca de farpas e nada foi resolvido por enquanto. Segundo o agricultor, o secretário disse que precisa ver novamente a estrada e o que vai precisar ser feito, mas até o momento nada foi feito e muito menos houve a visita de Curt. A família fez vários vídeos, com uma câmera filmadora, da ambulância sendo rebocada/arrastada pelo trator.

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