
Há pelo menos dois anos a população que reside no bairro Lucena, no Conjunto Habitacional Cohab, sonha com a tubulação e a pavimentação da Rua Francisco Daudt Loures, principal acesso ao conjunto. O comerciante Jorge Teixeira, de 39 anos, que é proprietário de uma lanchonete já não sabe mais a quem recorrer, para providenciar o pavimento na via, que passa em frente ao seu estabelecimento e a sua casa. A via está completamente esburacada, e o anti-pó destruindo pela ação do tempo. O pavimento, que hoje está destruído foi feito na época da fundação do Conjunto, há mais de 15 anos. Dezenas de “muchões” surgiram na rua, logo no acesso a Cohab. As margens da Rua Francisco Daudt localizam-se o Centro Comunitário do bairro e também o centro de educação infantil Lucena. Há algum tempo a Prefeitura fez alguns reparos na via, mas o problema continua existindo. Os moradores, para contornarem o problema, utilizam pedaços de tijolos e entulhos para tapar os buracos.
Na casa do comerciante Jorge, foi necessária a construção de uma mureta de proteção na varanda, para conter a água e a enxurrada que vem da Rua e invade a propriedade. Os moradores reclamaram ainda de uma fossa do centro de educação infantil, que está cheia e vazando. Em períodos de chuva, o cheiro é insuportável, disse a esposa de Jorge. A Rua Francisco Daudt Loures entronca na Paulo Heyse Filho, que já tem calçamento. O trecho que precisa ser pavimentando tem pouco mais de 600 metros. Na via também não há calçada para o fluxo de pedestres, que acabam dividindo o leito da via com poças de água, buracos e veículos. De acordo com Maria Luir Machado Ribeiro, de 54 anos, a situação da via está precária há pelo menos dois anos. A mulher além de reclamar da situação da Rua, disse que é necessária a construção de um abrigo de passageiros na esquina da Rua Francisco Daudt Loures com a Serafim Furtado de Mello. Segundo a moradora, estudantes e funcionários da empresa Tyson e da Embraco em dias de chuva se abrigam na varanda da casa, pela falta do ponto de ônibus. A mulher disse ainda que para poder entrar com seu veiculo no pátio da residência teve que quebrar um “muchão” no asfalto. “Já pedi as manilhas lá na Prefeitura, para fazer a entrada da minha garagem e quando fui buscar não tinha”, disse a moradora. Ela tem de usar um terreno de um vizinho para poder recolher o carro no pátio da residência.
Projeto suspenso
A Prefeitura iniciou projeto de calçamento e drenagem pluvial da Rua Francisco Daudt Loures ainda em 2007 e o recurso na ordem de R$ 98.200,00 foi conquistado, através de emenda parlamentar via Ministério das Cidades. Segundo informações da Prefeitura, por ser um convênio múltiplo, uma parte do recurso total foi utilizada para construção de galeria pluvial sob a Rua Manoel Pedro da Silveira, mas, no entanto, com relação ao calçamento da Rua Francisco Daudt Loures a Representação de Desenvolvimento Urbano (Redur) de Joinville deu o processo como “inapto”. A obra sequer iniciou e a população está aguardando há três anos. De acordo com a Prefeitura, a empresa que realizou a galeria, mesmo com a obra concluída há seis meses, ainda não recebeu pelos serviços. Por outro lado, a Prefeitura disse que vai retomar o projeto de calçamento da Rua e em breve a Redur deve emitir parecer. Em 2009, por problemas burocráticos, o projeto de pavimentação da Rua Francisco Daudt Loures havia sido rejeitado pela Redur.
