No Calçadão são pelo menos sete pontos de táxi e de acordo com os taxistas o correto seriam apenas quatro carros de aluguel no local. A categoria reivindica a construção de guarita e banheiro no Calçadão
A Gazeta de Itaiópolis recebeu durante a semana, nova denúncia de irregularidades e comércio clandestino de pontos de táxi em Itaiópolis. Segundo um taxista, que preferiu não se identificar, há casos em que um único taxista vendeu ilegalmente pelo menos três pontos de táxi. O assunto já foi abordado pela nossa reportagem, mas nenhuma medida para regularizar a situação foi tomada. Conforme o denunciante, um taxista tinha ponto na Praça Brasil, depois adquiriu ponto no Calçadão Papa João Paulo II e vendeu o ponto por R$ 8 mil, além de ficar com o ponto do comprador, na Avenida Alexandre Ricardo Worell – bairro Lucena. As barganhas clandestinas prosseguiram e o mesmo taxista vendeu o ponto no bairro Lucena e foi contemplado com nova concessão, próximo ao terminal rodoviário. O comércio está preocupando os taxistas, que alegam deslealdade no trabalho.
Outra reclamação do taxista é quanto à cobrança de taxa feita por um Sindicato de Canoinhas, que está gerando revolta nos profissionais que atuam em Itaiópolis. No Calçadão são pelo menos sete pontos de táxi e de acordo com os taxistas o correto seriam apenas quatro carros de aluguel no local. Também no calçadão os taxistas reclamam da falta de guarita e de banheiro. Quando os taxistas precisam ir ao banheiro a solução é entrar na primeira porta do comércio que estiver aberta. Ainda, de acordo com a denúncia, as irregularidades são várias. Carros com placa cinza circulam fazendo frete e o correto seria com a placa vermelha, que indica transporte coletivo ou de aluguel.
Outro problema é a falta da placa de identificação no teto do veÃculo e ainda casos em que o taxista tem um alvará para trabalhar, mas utiliza dois veÃculos para transporte de aluguel. Em Itaiópolis são pelo menos 15 taxis em circulação. De acordo com a denúncia, há casos em que os carros de aluguel estão em mau estado de conservação e os proprietários apelam para o preço baixo, o que acaba tirando a clientela de quem tenta trabalhar regularmente. Os taxistas reclamam da falta de incentivos pelo poder executivo para a categoria profissional. Eles esperam que a Prefeitura converta as taxas dos alvarás em melhorias como banheiros e abrigos.
Os profissionais dizem que não sabem quais são os critérios que a Prefeitura adota para a concessão de novos pontos. O denunciante disse que os órgãos exigem legalidade, mas esquecem que os taxistas, muitos deles, têm de pagar financiamento do veÃculo e ainda tirar o sustento da famÃlia. O denunciante disse que defende o respeito ao carro da vez na fila, em cada um dos pontos. Ainda, segundo ele, é importante a Prefeitura local implantar uma tabela com preços uniformes, a ser distribuÃdo para toda a categoria, além de informar o cliente sobre o valor de cada frete. “Quando faz sol ou chove somos obrigados a ficar dentro do táxi, pois não temos aonde se refugiar. Eu tenho uma cadeirinha móvel no carro, e procuro a sombra das árvores nos dias de calorâ€, disse o denunciante. Alguns dos taxistas que operam nos pontos do Calçadão reivindicaram a pintura das sarjetas na Avenida Getúlio Vargas, proibindo o estacionamento de veÃculos particulares.
No entendimento deles, a medida dará mais segurança nas conversões e vai dar preferência aos carros de aluguel. “Faz dois meses que comprei esse carro novo para transportar os clientes e já está batendo igual uma carroçaâ€, disse o denunciante fazendo analogia à s condições das vias urbanas do municÃpio. Outra denuncia diz respeito à s discrepâncias na taxas de alvará para taxistas cobradas pela Prefeitura. Para alguns o valor anual é de R$ 70 e para outros de R$ 50.
“Ninguém vê a nossa luta diária pela sobrevivência, não sabemos explicar o que está acontecendo aqui no municÃpioâ€, disse o taxista. Na última terça-feira, 12, a Gazeta de Itaiópolis flagrou por volta das 15h 30 um táxi num dos pontos em frente ao prédio da própria Prefeitura com placa cinza. Mesmo abaixo dos olhos de quem deveria fiscalizar, os problemas seguem sem que ninguém tome providência.
