A vereadora Marlete Arbigaus (PP) discursou na tribuna da Casa Legislativa e disse que secretária da educação recebe mais de 13 salários mínimos. A parlamentar leu também duas cartas: uma de um grupo de auxiliares de creche e a outra do presidente do Sindicato dos Servidores

Na última reunião da Câmara de Vereadores de Itaiópolis, realizada na segunda, 04, a vereadora Marlete Arbigaus se pronunciou na tribuna livre e disse que há cerca de 40 dias se deparou com um fato que chamou a sua atenção. Segundo a vereadora, chegou a suas mãos uma carta anônima que foi também recebida por alguns professores do município. Conforme a parlamentar, a carta satirizou o descaso quanto ao salário dos professores do município. Ainda, segundo Marlete, em discurso na Câmara, apensado a carta estava uma cópia da folha de pagamento da secretária da educação de Itaiópolis. A vereadora mostrou aos demais companheiros a carta e a folha de pagamento. Segundo Marlete, a secretária da educação está recebendo atualmente 13,85 salários mínimos, ou seja, R$ 7.553,42. “Esse foi o valor que chegou ao meu conhecimento através da folha de pagamento da secretária Maria Aparecida Wielewski, no entanto tenho que investigar se esse realmente é o salário da secretária”, disse a vereadora. Marlete questionou na tribuna se o valor pago se restringe apenas a secretária da educação ou se também os demais secretários estão recebendo tal quantia, que considerou como abusiva. A vereadora pediu apoio dos demais companheiros na investigação dos salários de secretários e disse que vai pedir informações do assunto a prefeitura do município. “Essa carta anônima chocou bastante os professores que estavam sendo humilhados na greve pedindo aumento de salário”, comentou Marlete. Segundo a vereadora a secretária proibiu os professores e funcionários das escolas de se alimentarem juntamente com os alunos. “O decreto municipal n° 744 de 2010, assinado pelo próprio prefeito de Itaiópolis, no artigo 3° permite a alimentação dos professores e funcionários e hoje está sendo descumprido pelos subordinados do prefeito”, contextualizou a vereadora. A vereadora fez comentários e em sua opinião nem o presidente do Legislativo percebe tal salário, comparado ao da secretária da educação. A parlamentar lembrou as reivindicações de melhores salários de sua autoria aos auxiliares de creche e disse que nada foi feito até então pela classe de trabalhadores. Marlete fez a leitura na tribuna de uma carta na integra direcionada a secretária da educação, elaborada e assinada por algumas auxiliares de creche. Porém, a carta não exprime a opinião de todas as auxiliares e segundo a vereadora a carta estava assinada por algumas profissionais. A vereadora também fez a leitura na integra de uma carta que recebeu do presidente do sindicato dos servidores públicos, que trata do fim da greve.