A Gazeta de Itaiópolis destaca hoje uma entrevista exclusiva com o psicólogo Marcos Marion de Freitas Nunes abordando o tema da internet segura e ainda traz dicas de segurança para pais e educadores
A Gazeta de Itaiópolis aborda, nessa edição, uma reportagem especial, destacando um tema de grande interesse de todos, principalmente de pais de crianças e adolescentes. A internet. A web, assim conhecida, é um espaço onde as pessoas, utilizando de um computador podem navegar pelo mundo, sem fronteiras, pesquisando, descobrindo e conhecendo novas culturas. Mas, a rede pode ser perigosa, principalmente por ser “aberta” e preocupa pais e educadores. Fazendo um comparativo, navegar pela rede é o mesmo que sair caminhando por uma cidade gigante. No caso de crianças e adolescentes, os pais não permitem que elas circulem por uma metrópole desacompanhada. Na internet, é a mesma coisa. O ambiente pode oferecer riscos, como pessoas de conduta anti-social, estelionatários, pedófilos, criminosos entre outras. Mas, a web, também é uma potente ferramenta do conhecimento, desde que usada com responsabilidade.
O Dia Mundial da Internet Segura, (“Safer Internet Day”), comemorado em 08 de fevereiro, reúne organizações de 65 países com o objetivo de mobilizar internautas – principalmente crianças e adolescentes – para o uso consciente da rede. A idéia foi organizada pela Rede Insafe, que agrupa as organizações que trabalham na promoção do uso consciente da Internet nos países da União Européia. Em 2011, o tema escolhido foi, “Estar online é mais que um jogo. É sua vida”, chamando a atenção para a responsabilidade ética dentro do mundo virtual. Para tratar do assunto, A Gazeta de Itaiópolis entrevistou Marcos Marion de Freitas Nunes, que é psicólogo e psicoterapeuta clínico, pós-graduado em psicologia organizacional e do trabalho e pai de dois adolescentes.
De acordo com o especialista, a internet é uma importante ferramenta na era em que vivemos; a do conhecimento. Mas, a internet pode ser uma armadilha, quando usada por crianças e adolescentes. “Os pais devem dar liberdade, mas ela deve ser vigiada. Eles devem ter uma boa relação de confiança com os filhos e manter sempre aberto o canal do diálogo”, explica Marcos. O profissional explica que se deve impor limites ao tipo de páginas que são acessadas pelas crianças e o tempo em que elas permanecem na internet. Para Marcos, os riscos que a internet oferece são os canais de conversação em tempo real, como é o caso do MSN, chat, Skype entre outros. Esses programas permitem as pessoas se comunicarem com desconhecidos, e por isso deve-se ter cuidado com quem seu filho está falando. “Do outro lado pode ser um psicopata, pedófilo, marginal, de conduta anti-social que pode induzir o adolescente a atitudes desmoralizadoras”, comenta Marcos.
Segundo o psicólogo, no sistema capitalista os pais permanecem mais tempo no trabalho, mas o tempo em que estão em casa deve dedicar aos filhos, praticando esportes, leitura e com isso fortalecendo o vínculo familiar. O profissional explicou também que já existem filtros capazes de bloquear e impedir adolescentes de acessar na web conteúdos impróprios, pornografia, jogos, etc. No entanto, os adolescentes são capazes de driblar esses bloqueios, e é aí que entra os pais e educadores, com seu papel elementar de orientar e acompanhar durante o tempo de navegação na teia. O psicólogo, que colaborou nessa reportagem, está inscrito no Conselho Regional de Psicologia (CRP) sob a matrícula 08|11669.
Sete dicas para pais, filhos e educadores
1- Nunca deixe que filmem ou tirem fotos de você em ambientes ou situações intimas.
2- Não exponha em nenhum site seus dados pessoais (aonde mora, estuda, nome completo, profissão dos pais, fotos, vídeos, rotina de atividades, etc.)
3- Não utilize ou empreste computadores ou celulares de terceiros, seu computador e celular são de uso pessoal como sua escova de dente.
4- Pense muito antes de compartilhar um pensamento, imagem ou uma idéia em algum site, lembre-se, a partir desse momento ela não é mais sua e passa ser nossa.
5- Não busque por milhões de colegas virtuais, busque por poucos, mas verdadeiros amigos reais.
6- Nem sempre a pessoa do outro lado é realmente o que você está vendo, lendo ou ouvindo.
7- O Google não é o seu pai ou filho, por isso as melhores perguntas e respostas sempre vão surgir em uma conversa frente a frente.
Por: Celso Fortes
