Eu não entendo tanto de futebol como a maioria dos homens, mas não é tão complicado assim… Vejamos! São dez homens em campo correndo atrás de uma bola e um, que é o goleiro, tentando fazê-la parar antes que entre no espaço delimitado por traves e redes, para que não se faça ouvir aquele grito gritado com tanta energia: goooollllllllllllllll!

Pois bem! Não estou menosprezando o esporte, nada disso. Estou olhando com olhos de… Bem, com meus olhos, ok? Se dizem que é arte, pois que seja arte, então! Ei de acostumar-me. Pena que essa arte tão popular e tão evidentemente apaixonante não seja acessível a todos. É como todas as outras: o pobre pode apreciá-la pela televisão.

A Copa das Confederações está aí…. Quem vai aos estádios? Quem tem dinheiro, meus amigos. Conferiram os preços dos ingressos? Tem nada, não!!! Supermercado, cervejas, ovos de codorna… Opa! Estão caros demais. Pipoca já tá de bom tamanho. Amigos com as camisetas da seleção e a casa com a melhor televisão.

Como é bom ver o povo brasileiro feliz! Nossa! Eu me emociono. Não com o futebol, mas com a capacidade que esse povo tem de ser feliz, sem ser convidado a ser. Calma, calma. Nada de apedrejar-me. Guardem sua fúria para a goleira Dilma, que não deixa nenhuma oportunidade de explorar o povo  passar (penso até que em vez da bola, vocês pudessem chutar contra ela todos os impostos que pagamos e as mentiras que ouvimos sobre o uso deles em nosso benefício); guardem sua energia para tentar driblar os zagueiros dela, que são aqueles famosos políticos, aqueles de bandeirinhas vermelhas… Dominem a bola no meio de campo e passem para os artilheiros, aqueles que estão do lado do povo! São dois ou três apenas, vez em quando um só, lá no meio da defesa do inimigo… Se o lance for bem armado, a bola bem passada, sairá um gol. O grito será ouvido no país inteiro.

Pensando bem… O futebol é arte mesmo. Ensina o tempo todo. Pena que muitos são os técnicos neste país, mas só na frente da televisão, não é mesmo?

Mirian S. F. Garcia.