Reflexão sobre o Carnaval

Publicado por Mirian Salete Garcia - 03/02/2013 - 15h45

O Carnaval é uma forte manifestação cultural e, por o ser, há quem o desaprove e por outro lado, quem o considere muito importante.

Do que gostaria de falar, é sobre como experenciá-lo de maneira saudável. Somos seres responsáveis por nossas ações. Nossas escolhas refletem-se em nosso corpo, em nossas emoções e, sem medo de errar, afirmo que, como diz o poeta  “uma escolha incerta pode caro custar” para toda a vida. Por ser uma festa muito bonita, é por conseqüência, muito atrativa. Diante desse fato, a preocupação se faz presente e necessária.

Quem gosta de “pular o carnaval”, precisa ter em mente os perigos que rondam os que na sua alegria, plantam as tristezas do depois: organismos sofrendo com o excesso de bebidas alcoólicas e causando vícios permanentes; violência, desregramentos tantos… É tão triste ver meninas ainda imaturas, com tão pouca idade, prostituindo-se socialmente. Não pensam que é o que estão fazendo, mas é a realidade. Tudo é passageiro. Quantas crianças são frutos de um prazer hedonista. O álcool, a droga, os excessos de uma alegria artificial, gestam conseqüências que serão paridas, ou não. Talvez, algumas gestações desse nível durem a vida inteira. Uma briga e alguém morre… A direção inconseqüente do carro tolhe os passos e os sonhos de quem parte e de quem fica. As tantas camisinhas que já antecipavam o sexo fácil e “seguro” não foram suficientes para impedir as doenças sexualmente transmitidas.

Um momento: o carnaval é então, um pesadelo, uma festa monstruosa a ser evitada?

Não. É uma festa cultural celebrada em vários países do mundo, embora com algumas diferenças entre eles. O nosso carnaval é como um teatro a céu aberto, onde histórias são contadas, o passado é retratado, o futuro é pressuposto, a crítica implícita ou por vezes explícita dos enredos faz pensar… O carnaval não é o perigo. O perigo somos nós mesmos! Voltamos à questão das escolhas. Como você pretende aproveitar os desfiles, os bailes, as brincadeiras nas ruas?

A alegria te faz um convite: “_Eu estou em você… Não precisa procurar-me em bebidas, drogas… Não! Eu não passo por isso. Acredite-me: todos os excessos são o meu contrário. Brinque sim, mas brinque com responsabilidade”.

Bom carnaval a todos!

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4 comentários publicados
  1. Mario

    Mirian, esse teu artigo chegou em boa hora, ele alerta os pais para que fiquem atentos.
    Posso dizer que nós adultos também temos que prestar atenção aonde vamos e com quem vamos.

    Você escreve em uma data que o carnaval está chegando.
    Me desculpe ir além, esse cuidado que recomendas, deve existir em nosso cotidiano, pois entre a alegria e a tristeza existe uma distância muito pequena.
    Qualquer desatenção estamos sujeitos a sofrimentos longos ou até perpetuo. Portanto reitero, nascemos e crêssemos para sermos felizes, para isso precisamos praticar um dos ensinamentos que JESUS ensinou e que se torna tão difícil cumprir “ORÁI E VIGIAI”

    • Mirian Mirian

      Muito obrigada por acrescentar ao meu texto algo tão importante. Honrada com sua visita e comentário.

  2. Mirian - São Bento do Sul Mirian - São Bento do Sul

    Aninha. Prostituição tem o sentido literal que você demonstra conhecer, pois questiona o “socialmente”. Pois bem. Prostitutas geralmente estão em bordéis, ruas, pontos específicos, etc. Elas cobram por isso. Quando menciono meninas de pouca idade em situação de prostituição socializada, quero dizer que ela não vai cobrar pelo sexo, nem vai ser chamada de prostituta, porque a situação social desse momento vai permitir e tudo vira “socialização”. Elas são vítimas de quem nenhum carinho ou respeito tem por elas. Usam seu corpo e suas emoções, sem preocupar-se com o mal que estão causando. Meu discurso é de tristeza, porque conheço meninas que depois, sofrem muito e sabe por que? Porque as marcas ficam de algum modo, Aninha. A sociedade deveria cuidar de nossas meninas e de nossos garotos e, acredite-me, há meios de protegê-los, mas é conveniente relativizar tudo em alguns momentos, não é? Espero ter esclarecido. Prostituição socializada, alcoolismo socializado, não são conceitos simplistas e eu precisaria de um texto só para falar sobre isso, pois são conceitos filosóficos. Quem sabe? Obrigada por sua pergunta, obrigada por querer entender. Desculpe a demora em responder, mas estava viajando. Um bom carnaval para você.

  3. Aninha

    Tu podes ser mais clara e definir o que é ‘prostituir-se socialmente’?

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