“Estou acordado e vivo!”.
Hoje, dia 12 de Fevereiro de2013, meu filho completa dezenove anos de idade. Nasceu no meio do dia, como se quisesse dizer que já tinha ouvido muitas vezes, mesmo dentro de meu ventre, eu repetindo que existe sempre um caminho do meio. Chorou forte, anunciando saúde e
disposição para noites em claro, quando ficaríamos sozinhos e ele se acalmaria
em meus braços, ao som de músicas, pois já adquirira o gosto musical. Demorou a
soltar minha mão e andar sozinho, como a garantir que, um sempre poderia contar com
o outro; quando falou, adiou por muito tempo a articulação da palavra “mãe”,
tentando me mostrar que o significante era pequeno diante do significado que eu
tinha em sua vida.
Meu filho! Parte de mim, que hoje parte para várias partes… Trabalho, festas, cursos, encontros com os amigos na praça. Parte, mas volta. A ação de ir é inerente a ele; o mundo o
chama e ele vai. Eu o abençoo e espero sua volta. No retorno há mais nele do
que posso ver. Eu apenas sinto. Sorrio discretamente, pois há mais em mim
também. Cada ausência sua mesmo que breve, mais mãe me torna. Ele precisa ir,
não sabe ficar. Permanências lhe são inquietantes; o descanso necessário e, o
verbo “ir” flexiona-se, muda para o imperativo e ele… Ele vai!
Está aprendendo a voar e eu estou perdendo o medo de alturas. Ele não é mais criança e por não o ser, preciso ressignificar o significado de ser mãe. Antes, sua proteção só exigia
meus olhos atentos e meus braços seguros. Agora, são discursos tantos…
Exemplos tantos… Enfim, orientações tantas… Ele ouve e já completa as falas
repetidas. Põe em prática a metáfora que uso ao dizer que Deus lhe dará o vinho se antes ele providenciar a água, quando faz os esforços necessários que são próprios de cada dia. Gosta de me dizer sua frase favorita: “Estou acordado e vivo!”.
Filho, eu me emociono ao ouvir essa sentença, pois entendo o que quer dizer, mas ouso te deixar uma orientação na forma de um poema que você também conhece de cor e, creio que
também entende o que quero dizer.
Tem Calma
Tem calma contigo mesmo e olha aonde
vais
Espera um minuto, pensa no que farás
No meio da tormenta é duro navegar
E uma escolha incerta pode caro custar
Nem todo mau momento
te faz fracassar
E em caminhos de pedras haverás de passar
Pois nem tudo na vida é como a gente quer
Mesmo em sombras na terra o sol brilha no céu
Segue adiante, sem olhar atrás
Vive cada dia e nada mais
E o que vier tu vencerás
Só tu tens a chave: Abres ou fecharás
Tem calma na vida o jogo é de verdade
Pra ganhar a partida vai com força e coragem
São as regras do jogo é bom sempre lembrar
Diante dos desafios é preciso tentar
Tu és precioso acredite ou não
Mas o amor tem sua casa nos terrenos da dor
E assim com o ouro pelo fogo vais passar
E o que tens de melhor o fogo vai revelar
Ainda que chores, tu vencerás
Só aquele que perde sabe também ganhar
Segue adiante, sem olhar atrás
Vive cada dia e nada mais
E o que vier tu vencerás
Só tu tens a chave: Abres ou fecharás…
TEM CALMA… (pe Fábio de Melo)
FELIZ
ANIVERÁRIO, Mário. Muitas felicidades, meu filho. Amo você.

Mirian, escrevendo sobre seu filho com 19 anos completados em 12/02/2013.
As suas palavras servem para MÃES E PAIS, temos que dar aos nossos filhos uma orientação correta, fundamentados em nossas experiências, essas tantas, com acertos e erros que tivemos. Aonde acertamos é fácil passar a eles, mas os erros que cometemos e as quedas que tivemos se torna difícil. Quantos erros desses foram cometidos pelos ímpetos da nossa juventude. Quando o correto seria aprender com os acertos, surgem os contrários. Aprendemos mais com os erros do que com os acertos.
Felizmente a maioria dos jovens de hoje, já tem acesso a muitas informações e contam com MÃES e PAIS com amplo conhecimento, inclusive para ajudá-los e incentivá-los a continuar seus estudos. Vejo com isso os nossos jovens de boa vontade e esforço, chegarem mais cedo nas suas realizações profissionais.
Portanto, jovens. Ouçam e valorizem as orientações dos mais experientes que já trilharam os caminhos que vocês ainda vão ter que trilhar.