Após inúmeras reclamações que chegaram até a redação da Gazeta, manifestações de vereadores na Câmara e principalmente dos usuários, nossa reportagem percorreu as principais ruas de Mafra, bem como visitou a grande maioria dos parques municipais e verificou o estado precário destes parques e dos pontos de ônibus no município.

Não é de hoje que as condições dos parques e praças públicas em Mafra deixa a desejar, grande parte deles foi construído em administrações anteriores e passa dos vinte anos. Fato é que além de, na teoria, embelezar a cidade e principalmente servir de lazer para as crianças, os parques tornaram-se armadilhas devido aos brinquedos quebrados e tornam a paisagem feia para quem visita a cidade.

Basta percorrer estes locais para deparar-se com brinquedos quebrados, como é o caso das duas praças localizadas no bairro Jardim América, onde balanços, gangorras, redes de escalada estão danificados e não servem para brincar. Isso sem contar os bancos que também encontram-se quebrados e oferecem riscos aos usuários das praças.

Andando mais um pouco, nos deparamos com aquela que podia ser um dos cartões postais de Mafra, a Praça Benemérito Pedro Kuss, mais conhecida como Praça do Fórum, que pouco ou quase nada traz de bonito, a não ser pelos aparelhos da Academia da Terceira Idade e os prédios do Fórum e da Justiça do Trabalho que ali se encontram.

Os brinquedos do parquinho estão quebrados há anos, duas travessias estão rompidas, com cabos de aço aparentes e oferecendo riscos às crianças que por ali brincam, além de balanças e escorregadores danificados.

Os bancos também estão quebrados, e os poucos que ainda estão inteiros são da gestão do ex-prefeito Nery Antonio Nader, de 83 a 88, ou seja, com quase 30 anos de idade. Sem falar que em quase todas as praças por onde passamos não há lixeiras adequadas próximo aos parques, o que acaba favorecendo o acúmulo de lixo nestes locais.

Na Praça Benemérito Antonio Oliniski, conhecida como Praça do Passo, da Administração de 88 a 92, os brinquedos até estão inteiros e apresentam condições de uso, já os bancos estão em péssimo estado de conservação, alguns quebrados, outros sem assento ou encosto. As telas que cercam a quadra de esportes tem parte danificada, também não há lixeiras e no local onde abriga a fiação elétrica, um buraco no chão, está servindo como depósito de lixos e garrafas de bebidas alcoólicas.

Percorremos ainda os parques da região Central, Hercílio Luz e Lauro Mueller, onde os brinquedos também apresentam bom estado, existem lixeiras até com destinação correta de recicláveis, porém na Lauro Mueller o carpete imitando grama sintética está totalmente destruído, o que acaba virando um obstáculo, principalmente para crianças menores. Outra Praça que está em bom estado é a que fica em frente à Capela Mortuária, os brinquedos estão conservados, entretanto não há lixeiras adequadas no local.

Na Vila das Flores o parque não apresenta boas condições, pelo contrário, muitos são os brinquedos quebrados, oferecendo riscos às crianças e os bancos também não estão conservados. No local não há lixeiras.

Um dos piores parques é do bairro Jardim Cristal, onde foi possível encontrar um “roda-roda” quebrado, sem os assentos e com ferros expostos podendo machucar alguém, além de escadas e gangorras também danificados.

Nossa reportagem leva em conta o vandalismo, já que sabemos que existe, porém não justifica a falta de reparos constantes, ausência de lixeiras na grande maioria dos parques, com exceção àqueles mais centrais, o embelezamento e cuidado com jardins e canteiros nestas praças visitadas também deixou muito a desejar. Além dos brinquedos quebrados na sua maioria, os bancos também estão péssimos, o que compromete, principalmente o bem estar das crianças, que acabam sendo as mais prejudicadas.

Cabe lembrar ainda que a manutenção dos pontos de ônibus nada tem a ver com licitação de transporte coletivo, e é de responsabilidade do município e não da empresa prestadora do transporte.

O estado de conservação dos parques no município já foi cobrado através de requerimento do vereador Luis Alfredo Nader.

Pontos de ônibus

Outro fator levantado e alvo de críticas pelos munícipes e usuários são os pontos de ônibus. Percorrendo algumas ruas e bairros foi possível ver que poucos são os pontos de ônibus com cobertura e assento adequado. Na sua grande maioria as coberturas estavam totalmente danificadas e outros muitos locais onde nem ponto tem, e sim somente uma placa indicando que é parada de ônibus.

Uma das entradas do município, a rua Coronel José Severiano Maia, tem dos de seus pontos em estado lastimável, onde a cobertura está quebrada, obrigando os usuários a ficarem na chuva ou sol.

Outra área central, o ponto localizado na rua Gabriel Dequech esquina com a Felipe Schmidt, não existe ponto de ônibus, apenas placas indicativas, em dias de chuva os usuários do transporte coletivo não têm onde se abrigarem. Da mesma forma na rua Frederico Heyse próximo a Praça Lauro Mueller, não existe abrigo, apenas placas indicando o local de parada dos ônibus.

Na rua Tenente Ary Rauen alguns abrigos ainda existe, entretanto em outros apenas as placas sinalizam o local da parada. É assim em alguns locais na rua Gustavo Friedrich na Vila Nova, existem alguns abrigos de dois modelos diferente e em outros locais apenas as placas indicando a parada do ônibus. Na Restinga alguns pontos não tinham banco e outros com cobertura danificada.

Na Vila Ivete também foi possível encontrar abrigos de vários modelos, e até um onde a própria empresa construiu e padronizou de acordo com as cores de seu muro. Em outro local neste mesmo bairro não havia nem abrigo e nem placa, apenas umas pedras onde os usuários sentam para esperar o ônibus.

Ali próximo, no bairro Jardim Cristal encontramos um dos pontos totalmente danificado, sem parte da cobertura e sem proteção na parte de trás, fator em comum entre grande parte dos pontos visitados. Em dias de chuva forte o usuário não fica protegido mesmo em pontos onde há cobertura.

Pontos vizinhos

Diferentemente do outro lado da ponte, no município vizinho de Rio Negro, onde a Prefeitura padronizou 21 pontos de ônibus no estilo alemão-bucovino. Com cobertura feita de madeira cambará com telhas de fibrocimento, fechamento lateral em alvenaria, bancos em madeira cambará com suporte de metal. Obra feita através de recursos financeiro do Programa Paraná Urbano, que deveria custar no máximo R$ 143.788,66, segundo consta no convite da licitação feita em 2010 encontrado no site da Prefeitura de Rio Negro.