A greve dos professores da rede de ensino estadual, que teve início no dia 09, continua, e não tem data para seu fim. Neste sábado (21), os dirigentes da APP-Sindicato realizaram reunião para analise sobre a paralisação que já esta entrando para a história do estado do Paraná e o conselho de greve definiu continuidade do movimento.
Paralelo ao movimento das praças e ruas, o governador Beto Richa convocou o time da propaganda visando desacreditar os funcionários públicos em greve. É a batalha da comunicação, que até agora Richa vem perdendo na opinião pública. A ideia do governador, que já tentou carimbar professoras de “baderneiras”, seria vender a tese de que está cortando “privilégios” dos educadores, por isso a gritaria corporativista. Em contraponto às propagandas do Governo do Estado os professores criaram o seguinte slogan: somos educadores em defesa do ensino público de qualidade. A força da categoria já apresentou conquistas como o recuo do governo ao retirar os projetos de lei que retiravam direitos dos servidores e a reabertura da negociação com o sindicato.
Também existe um boato que o Palácio Iguaçu já teria chegado a um “acordo secreto” com a direção da APP-Sindicato, que, após a marcha dos 50 mil até o Centro Cívico, anunciaria acordo com o governo e, concomitantemente, o fim da greve que completa hoje 17 dias. Fato refutado pelo comando da greve que dizem que o momento agora é de convocar a sociedade para a luta em defesa da educação, onde divulgando outras deliberações da reunião realizada no sábado:
– Auditoria da dívida financeira do Estado;
– Materiais sobre a previdência e sobre a dívida do governo;
– Reforçar comando unificado do FES;
– Visita aos deputados com carta de apresentação da pauta da categoria;
– Diálogo com demais movimentos: social, sindical e popular e convite para participação das atividades da greve;
– Notas Jurídicas a respeito das dúvidas sobre a greve – já no site da greve;
– Projeto de lei de iniciativa popular sobre renúncia do auxílio-moradia do Judiciário, Tribunal de Contas e Ministério Público;
– Projeto de lei que dispõe sobre a mudança na alíquota dos repasses do Estado para Judiciário, Tribunal de Contas e Ministério Público;
– Reforçar o acampamento da greve – revezamento dos Núcleos Sindicais;
– Fortalecer a participação de educadores aposentados na greve;
– Indicativo de realização de nova reunião do Conselho Estadual na próxima sexta ou sábado.