Estádio Alfredo Herbst pede socorro

Publicado por Gazeta de Riomafra - 01/08/2015 - 12h52

Tudo começou em dezembro de 2010, quando em primeira votação e por unanimidade, vereadores da época aprovaram liberação de verba para a reforma do estádio Alfredo Herbst. O campo esportivo receberia total remodelação, seria o cartão postal de Mafra, com nova bilheteria, novo muro externo, reforma do muro dos fundos do banco de reservas, reforma da arquibancada existente e construção de uma nova arquibancada, todas com cobertura, bem como a troca do gramado, que seria de última geração, entre outras melhorias dentro das normas legais do estatuto do torcedor.

No papel ficou tudo muito bonito, seria um orgulho para os munícipes mafrenses, que teriam um estádio à altura da paixão pelo glorioso Operário, mas os primeiros problemas já começaram com a empresa que ganhou a licitação. A empresa vencedora não honrou com o compromisso assumido, situação visível pela maneira que o e estádio Alfredo Herbst se encontra: com um gramado em péssimas condições, que pode ser comparado a um banhado. Sem contar que no projeto constavam arquibancadas cobertas e com cadeiras, como mostra a maquete ilustrativa da reportagem. Hoje o torcedor senta em cimento puro, sem nenhum conforto conforme está previsto na lei do estatuto do torcedor.

Depois de seis anos afastado do profissional, o Operário voltou ao cenário do futebol catarinense para a alegria de sua fanática torcida, porém hoje, o que mais chama a atenção não é o futebol apresentado, mas o gramado abandonado, sem nenhum tipo de cuidado e trabalho de drenagem.

O Operário vem recebendo equipes da série B do Catarinense, mas é vergonhoso apresentar para os adversários um estádio que entristece até mesmo o torcedor, principalmente pelo estado deplorável do gramado que não oferece condições para uma verdadeira partida de futebol.

O estado do gramado do estádio Alfredo Herbst, tira  todo o brilho da volta da equipe mafrense a uma competição profissional, onde em épocas passadas era motivo de orgulho, conhecido pelas equipes adversárias como o caldeirão onde era possível sentir a pressão do torcedor.

Podemos dizer que é vergonhoso receber jogos desta grandeza, em um estádio que está sendo tachado pelos adversários como “o pior gramado do futebol profissional de Santa Catarina”, onde equipes e torcedores do estado inteiro vêm ao estádio e se deparam com esta situação, onde os mafrenses se sentem até envergonhados diante de tal situação. O estádio Alfredo Herbst está virando motivo de piadas no cenário estadual, já sendo infelizmente chamado por muitos de “Chiqueirão do Operário”. Lamentavelmente!

No último domingo, o time mafrense recebeu o Juventus de Jaraguá do Sul, onde técnicos e jogadores foram unanimes em comentar o péssimo estado do gramado: não há condições de jogo, não há o brilho de uma partida de futebol.

O péssimo estado do gramado coloca em risco até mesmo a integridade física dos jogadores, como frisou o técnico Edson Borges do Juventus. ”Além de prejudicar o espetáculo de uma partida, com este campo impraticável, não tem como cobrar dos atletas.” Argumenta. O técnico foi além questionando as autoridades que fiscalizam a qualidade dos estádios. “Como liberam este estádio para receber jogos da Série B do Catarinense?”, protestou.

A grande pergunta que fica é: os responsáveis por isto irão ser responsabilizados? O executivo e o legislativo irão tomar medidas para apurar as devidas responsabilidades? E o dinheiro todo gasto no projeto que não concretizado onde foi parar? Como foram efetuados os pagamentos?

O prefeito mafrense Wellington Bielecki, esteve prestigiando o jogo do Operário e em rápida conversa com a imprensa, comentou sobre a situação do gramado do estádio Alfredo Herbst. “Realmente é preocupante a situação em que se encontra o estádio, vamos procurar achar uma solução para resolver este problema, investir no que tiver ao alcance da Prefeitura, mas não com o dinheiro do município e sim procurar outros meios”, argumentou.

O prefeito já entrou em contato com o governador Raimundo Colombo para esclarecer a situação em que o estádio foi entregue aos munícipes. Segundo Wellington, a alternativa é procurar parcerias com empresas de grande porte, que patrocinam equipes do futebol brasileiro para negociar a recuperação do gramado, bem como do estádio Alfredo Herbst. A expectativa é que para o próximo ano o Operário tenha um campo à altura da grandeza da cidade de Mafra e de seus torcedores.

Miguel Luiz/Redação


O Operário recebeu no último domingo (26), pela terceira rodada do returno, a representação do Juventus de Jaraguá do Sul, em um gramado que não oferecia a menor estrutura para uma partida de futebol, um verdadeiro “chiqueirão”

Sem contar que no projeto constavam arquibancadas cobertas e com cadeiras, como mostra o projeto ilustrativa


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2 comentários publicados
  1. Joao

    Por isso que a merda desse país não anda, esse povo só pensa em futebol. Preferem reformar um estádio pra um time que vai ficar mais uns 3 meses na ativa e depois morrer por 10 anos do que investir para melhorar a porcaria da infraestrutura da cidade.

  2. Paulo

    Parabéns pela iniciativa que as pessoas tiveram em querer dar mais uma opção de lazer ao povo desportista de nossa RioMafra, porém faltou observar se o estádio tinha condições de jogo para receber as equipes de fora E RECEBER O TORCEDOR DE RIOMAFRA, infelizmente o nome de Mafra foi jogado na lama literalmente, pois comentários dizem que em Mafra está o pior estadio de SC e temos que concordar com eles. é igual vc querer receber uma visita se sua casa mas não tem condição nenhuma para isso.
    A pergunta que fica é: Quem foi o responsável pela reforma?por que a câmara de vereadores da época não fiscalizou a obra? Quem foi EMPRESA? São muitas perguntas que devem ser respondidas pelo poder público atual E pelo da época.
    Outro fato de nossa cidade, o ginásio Wilson Buch, como pode o engenheiro aprovar uma obra onde o público(torcida) não consegue ver o jogo?
    Três Barras possui um ginásio para quase 3.000 pessoas e nós só temos um ginásio que torcida não consegue ver o jogo.
    PREFEITO WELINGTON, POR FAVOR TENTA CONSEGUIR RECURSOS PARA UMA ARENA DE 3.000 PESSOAS PARA MAFRA, QUE SERVIRÁ NÃO SÓ PARA JOGOS DO MAFRA FUTSAL MAS PARA EVENTOS DA CIDADE.
    EM 2017 MAFRA COMPLETA 100 ANOS QUE TAL SEDIARMOS OS JOGOS ABERTOS?

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