Entenda os motivos da paralisação dos professores no Paraná

Publicado por Gazeta de Riomafra - 04/03/2015 - 21h08

Acontece hoje no estádio Durval de Brito (Estádio do Paraná Clube) em Curitiba a assembleia geral do professores da rede estadual de ensino, onde cerca de 20 mil profissionais da educação, deverão, conforme informações, a exemplo da assembleia do dia 7 de fevereiro na cidade de Guarapuava, manter a greve e realizar uma nova passeata pelas ruas da capital paranaense até o Palácio Iguaçu, sede do governo estadual.

O governo Beto Richa (PSDB) tem apostado na judicialização e criminalização da greve, insinuando que as medidas do governo são para cortar privilégios em vez de direitos adquiridos, mas, segundo o presidente da APP, Hermes Leão, “Richa jogou gasolina para tentar apagar o incêndio e só aumentou o grau de indignação da categoria, ao tentar tornar ilegal nossa luta legítima”.

Em contraponto a APP-Sindicato tem usado as redes sociais para fazer a contrapropaganda, haja vista que o Palácio Iguaçu destinou R$ 15 milhões para esse combate contra os professores e os funcionários públicos em greve. “Isso não é legal! Beto Richa aumentou o IPVA em 40%. A greve é legal”, diz uma das inserções nas redes sociais.

Os motivos da greve

Os professores, que contam com o apoio da sociedade, estão distribuindo um documento explicando os motivos da greve e solicitando aos pais que não mandem seus filhos para a aula.

Todas as 2,1 mil escolas do Paraná estão sem aulas devido ao govenador Beto Richa demitir 30 mil trabalhadores na educação. Por ter fechado várias turmas, como de cursos técnicos em administração, informática, formação de docentes e meio ambiente, e por ter superlotado salas de aula com até 60 alunos.

Desde novembro de 2014, o governador tucano também deixou de repassar recursos do fundo rotativo, que é utilizado para a manutenção dos estabelecimentos de ensino. Além disso, não pagará a rescisão dos 30 mil demitidos, nem as férias dos educadores do quadro próprio.

Para fechar o ‘pacote de maldades’, o governador do PSDB quer confiscar R$ 8 bilhões do fundo previdenciário destino à aposentadoria dos 200 mil servidores públicos paranaenses para pagar os R$ 6 bilhões em dívidas que o estado tem hoje.

Fatos estes que os professores não aceitam e só deverão voltar à salas de aula quando o governador Beto Richa se comprometer, com datas e prazos, cumprir suas propostas.

Popularidade cai

Segundo o Instituto Paraná Pesquisas a popularidade do governador Beto Richa caiu, e 76% da população paranaense desaprova seu governo. Apenas 20% dizem aprovar a administração do tucano, diz levantamento encomendado por um jornal de circulação estadual. Em novembro de 2011, o governador do PSDB era aprovador por 74% dos eleitores paranaenses. Em dezembro de 2014, o governo Richa tinha 65% de aprovação. O Paraná Pesquisas afirma que, se as eleições fossem hoje, Beto Richa não seria reeleito no primeiro turno, diferente do confirmado em outubro do ano passado quando venceu a eleição no primeiro turno com 57% dos votos, e agora apenas 38% dos entrevistados disseram que manteriam a escolha. O grande motivo para a queda da popularidade seriam as greves que interrompem os serviços públicos e os crescentes protestos que pedem o impeachment do tucano.

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