
Visitas às Escolas de Mafra demonstram que a grande maioria apresenta problemas estruturais, grande parte oriundas já da Administração anterior mais que até agora não restaram solucionados pela atual gestão municipal.
É o caso, por exemplo, da Escola de Educação Infantil Municipal Portão São Lourenço, que conta inclusive com o forro de uma sala de aula (desativada em decorrência da situação), ‘escorado’ com vara de bracatinga, ante o eminente risco de vir ao chão.
A diretora do estabelecimento de ensino, Varidiana Witt, prontamente atendeu nossa reportagem e mostrou as instalações da creche, destacando que o problema foi detectado já no mês de junho do último ano, havendo laudos emitidos por equipe de engenheiros da Prefeitura Municipal, embora no corrente ano até a última segunda-feira, nenhum engenheiro tenha visitado a instituição.
De acordo com a mesma a EEIM passou por reformas em 2005 e posteriormente foi verificado que as ‘tesouras de sustentação do telhado’ se encontram ‘lascadas’, o que veio colocar em risco a integridade fÃsica dos alunos e profissionais que atuam na creche.
A sala mais afetada com a estrutura do telhado cedendo é a até então utilizada pelos alunos do Jardim I que foram imediatamente relocados com vistas a manter sua integridade. Veridiana mostrou também a sala dos professores, ao lado da diretamente afetada e parte integrante da mesma estrutura, assim como a cozinha que inclusive foi ampliada no último ano e que de igual forma podem oferecer risco às crianças e funcionários.
A Escola de Educação Infantil Municipal Portão São Lourenço conta atualmente com 99 crianças – das quais 16 em perÃodo integral, com atendimentos de berçário, Jardins I e II e Maternais I e II, contando com três professoras e três estagiárias, a diretora; três profissionais de conservação, limpeza e cozinha e mais a professora de Educação FÃsica, que atua na Instituição duas vezes por semana. Até a semana anterior à nossa reportagem, frequentavam a Unidade Escolar, ainda, 53 alunos da Escola Municipal de Educação Fundamental São Lourenço, todos frequentando a primeira série do Ensino Fundamental.
Outro problema que nossa própria reportagem constatou na Creche refere-se a uma fossa séptica que passou por recente manutenção, inclusive com doação de materiais por parte da empresa Kroll Materiais de Construção e cessão de funcionários por parte da Prefeitura Municipal. Na fossa que fica aos fundos da instituição escolar, com fácil acesso às crianças que a frequentam, denota-se água vertendo que, conforme explicado por profissionais à diretora que repassou à imprensa, não se trata de dejetos e sim de água que verte do próprio terreno, muito úmido. De uma forma ou outra, é mais um fator de risco para as crianças que frequentam a Creche Portão São Lourenço.
Questões como a limpeza e roçada do terreno assim como alguns serviços de pedreiro vêm sendo desempenhados pelos próprios pais de alunos, os quais a diretora Veridiana destaca como muito solÃcitos e parceiros.
Com relação a demora para que os defeitos estruturais sejam sanados, a diretora da Creche diz que há grande preocupação inclusive por parte da secretária Municipal de Educação e que mesmo estando em processo licitatório, “a demora é por parte da Prefeitura e não por má gestão da Secretaria de Educaçãoâ€.
Escola São Lourenço sofre com goteiras
Com 446 alunos do primeiro ao oitavo ano do Ensino Fundamental a Escola Municipal de Educação Fundamental São Lourenço conta comm nove salas de aula, 20 professores efetivos e oito ACT’s e mais quatro funcionários, além do diretor Iuri Belandrino.
Já na entrada da Instituição o que se depara quem chega é com o excesso de barro causado pelas chuvas, o que de imediato demonstra incômodo aos alunos e funcionários.
Em terreno anexo à Igreja da localidade, a água das chuvas vinha adentrando no Ginásio de Esportes e a solução tomada pelo professor de Educação FÃsica, Eduardo Schvitzki, foi construir uma espécie de ‘murinho’ na porta principal do mesmo, executando o serviço o próprio educador, que conta a Escola apresentar problemas de goteiras em praticamente todas as salas de aula, sendo necessário urgentes reparos e manutenção do telhado.
De acordo com o professor Eduardo, já há cerca de um ano a APP da Escola São Lourenço adquiriu as telhas necessárias para resolução do problema nos dias de chuva, mas por falta de um profissional as obras não foram realizadas. “Eu até poderia me propor a realizar a troca de telhas como resolvi a questão do Ginásio, mas entre subir e descer do telhado e atender os alunos, correndo risco de uma queda e pela própria falta de tempo, não procedi aos serviçosâ€, disse.
Outras questões como portas quebradas e pinturas foram providenciadas pela atual diretoria, com material adquirido pela Associação de Pais e Professores, assim como igualmente procedido na pintura e adaptação de sala para recepcionar os 53 alunos que estavam estudando na Creche da vizinha localidade de Portão São Lourenço.
Recentemente a Escola São Lourenço recepcionou uma aluna cadeirante e o diretor Iuri diz que já há banheiros projetados para portadores de necessidades especiais, que necessitam apenas de readequação e concordou quanto a necessidade de construção de uma rampa de acesso em um dos locais da Unidade que, em outras áreas, já possui condições de acessibilidade. “O que precisamos aqui, na verdade, é de um profissional fixo para serviços de manutenção como troca de telhados, vidros ou outrosâ€, finalizou o dirigente, ao tempo que cita maior dificuldade das escolas interioranas em buscar auxÃlio junto ao Executivo Municipal, se considerada a distância.
Com relação os 53 alunos da 1ª série que voltaram a frequentar a Instituição, Iuri Belandrino não soube precisar os motivos que levaram os mesmos a frequentarem outra escola. “São situações de outras administrações que não a nossa, mas garantimos o retorno destes para a proximidade inclusive com suas casasâ€, concluiu.
Outro fator de risco encontrado na Escola São Lourenço é um dos parques de diversão lá instalado. Com brinquedos quebrados os alunos sofrem grave risco de sofrer algum acidente principalmente se caÃrem sobre algum dos pedaços de madeira que estão com as pontas voltadas ao alto. Enquanto nossa reportagem visitava a Instituição, vários alunos se dirigiam ao Parque em péssimas condições. Recentemente em Rio Negro um caso semelhante de má conservação de um parque infantil ocasionou o encaminhamento de uma criança inclusive para a Unidade de Terapia Intensiva.

Centro de Educação Infantil Municipal Portão São Lourenço

Centro de Educação Infantil Municipal Portão São Lourenço

Centro de Educação Infantil Municipal Portão São Lourenço

Centro de Educação Infantil Municipal Portão São Lourenço

Escola Municipal Educação Fundamental São Lourenço

Escola Municipal Educação Fundamental São Lourenço

Escola Municipal Educação Fundamental São Lourenço
