Novas linhas são traçadas para instalação da Universidade Federal na região do planalto norte

Publicado por Gazeta de Riomafra - 30/04/2014 - 17h08

“Vocês têm que convencer o reitor se esta Universidade Federal é fundamental para a região. Esta reunião só tem um objetivo, trazer o sentimento da importância deste pleito. Quem vai construir este sonho é a região, unida”. Assim foi aberta a audiência pública que deve mudar o rumo da história do planalto norte.

Realizada na segunda-feira (28), em Três Barras, a audiência contou com a participação de mais de 500 pessoas, entre sociedade civil, pública, acadêmica e eclesiástica dos dez municípios que compõem a região e alguns municípios vizinhos, inclusive do Paraná. Este foi um marco para a região, pois, a partir deste momento, podem ser traçadas novas linhas de desenvolvimento intelectual e regional.

O presidente da Amplanorte falou sobre a importância e o desejo de manter os filhos por perto, de não perder os jovens para as grandes cidades em virtude das universidades gratuitas. Ressaltou que se continuar deste jeito os municípios vão virar cidades de aposentados. “Estamos há mais de 100 anos nesta situação. Na data de hoje estamos plantando a semente para colher daqui a dois ou três anos. Acreditem! Precisamos do apoio de cada um para que o sonho se torne realidade”.

Um vereador de Três Barras citou que independente de partido, todos devem se engajar nesta luta. O representante da Federação Catarinense de Municípios falou que a região merece esta mobilização sem bairrismo, com a união das classes política e empresarial, da comunidade e de entidades.

O prefeito de Mafra destacou que não há, na história da região, uma reunião com todos os prefeitos por uma única causa e declarou que Mafra é parceira incondicional. O prefeito de Major Vieira apontou a harmonia no planalto norte e deu os parabéns ao presidente da associação, pois o relacionamento entre os prefeitos, segundo ele, está se tornando muito importante para a região. Para a diretora geral do campus do instituto federal de Santa Catarina em Canoinhas, Maria Bertilia, a universidade tem que vir para somar na construção do conhecimento e fazer parcerias com o instituto, da mesma forma que a Universidade do Contestado é parceira.

A palavra foi aberta aos participantes, que enfatizaram a importância e a vontade de trazer a universidade para a região. Pedro Uczai mencionou que a união engrandece a causa e brincou: “aprendi na vida que se deve ter vista longa e passo curto. A melhor indústria é aquela que não faz fumaça”. Enfatizou que o critério para acessar a universidade é estudar em escola pública e lembrou: “o prazo para a implantação da universidade é do tamanho da força da mobilização que vocês tiverem. Sei que vão lutar, espernear e conquistar este campus”.

Reitoria

O reitor da UFFS, Jaime Giolo disse ter se surpreendido com o público, pois imaginou uma reunião com 20 pessoas. “Tratamos com muito respeito e seriedade estas audiências. Gostei muito da ideia da união entre o Paraná e Santa Catarina aqui, isso é um ponto muito favorável. Este é o momento das mobilizações, pois temos um plano de expansão interna e externa. Nós fazemos o projeto dos cursos e as microrregiões dos terrenos e da viabilidade. Faremos um pacote para apresentar ao Ministério da Educação. As regiões têm que estar lá dialogando com o Ministério. Se mostrarmos que conseguimos dar uma resposta rápida e bem feita, teremos mais chances. Faremos o plano de expansão e esta região do planalto norte com certeza estará dentro deste plano”. Neste momento o reitor foi ovacionado pelo público. E brincou: “Este ano não podemos fazer nada por ser ano político, mas em 2015 não vamos dar nem tempo para o Ministro de Educação esquentar a cadeira, estaremos lá”.

Próximos passos

O reitor orientou que no dia 3 de julho haverá uma reunião em Chapecó na qual as regiões vão apresentar seus planos para a expansão da Universidade. Deixou com o presidente da Amplanorte uma portaria apresentando o formato específico para a construção do plano. Cada região terá 40 minutos para explanação. Após isso os conselhos universitário e estratégico vão analisar. Duas pessoas de cada região podem participar das análises para defender a causa.

“Vocês terão que discutir local. Também é necessário definir uma área prioritária para começar, pois o Ministério da Educação não gosta de cursos pulverizados. Imagino em torno de uns cinco cursos, depois vai aumentando. Agora vocês devem criar uma comissão ampla com grupos de trabalhos e realizar reuniões mensais. A mobilização não pode parar”.

Encaminhamentos

Foi dada ênfase ao início desta nova caminhada e intitulada de Movimento do Planalto Norte para a implantação do campus da UFFS. Foi falado ao reitor que a região solicita ser incluída no plano de expansão.

Deverá ser criado um conselho sem vetar nenhuma entidade. Cada entidade deve oficiar à Amplanorte o nome da pessoa que irá representar a mesma no conselho. Esta comissão regional vai criar grupos de trabalhos “que vão botar a mão na massa e elaborar o plano. Devem ser criados tantos grupos quanto forem necessários e deve haver uma grande mobilização para ir a Chapecó no dia 3”.

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01 comentário publicado
  1. Mafrense

    Vale lembrar que formados sem emprego na cidade vão embora da mesma forma. A grande maioria dos Mafrenses esta indo embora da cidade para trabalhar , muitos só com o ensino médio conseguem bons empregos em cidades como Joinville e Jaraguá do Sul. Se a região se abrisse para receber novas industrias ou incentivasse as que manifestam interesse por aqui, provavelmente a vinda de outras universidades para cá seria questão de tempo e sem precisar de muito esforço.

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