Parque do Passo conta com apoio da Policia Ambiental de Canoinhas para preservação da área

Publicado por Gazeta de Riomafra - 01/08/2011 - 10h44

A bióloga Lenita Kozak, representante do Parque Natural Municipal São Luiz de Tolosa propôs a formação de um corredor ecológico unindo as duas unidades de conservação.

Representantes do grupo que apóiam a implantação do Parque Natural do Passo, reuniram-se na manhã da última quarta-feira, nas dependências do Cenpáleo – UnC/Mafra, com o engenheiro florestal da prefeitura de Mafra e com o comandante da Polícia Ambiental de Canoinhas.

A reunião teve como objetivo trocar informações sobre a situação atual da área e, principalmente, solicitar apoio a Policia Ambiental, devido às agressões que a área vem sofrendo. O grupo salientou que apesar do Parque não ter sido ainda implantado, a referida área é declarada de Preservação Permanente, conforme consta “A Lei Orgânica de Mafra, no capítulo X, seção VI, da Política do Meio Ambiente, estabelece em seu Artigo 208: “A área de terras compreendida pelas Ruas Alípio Siqueira, Capitão João Braz Moreira, José Frosh, José Schultz e Arroio do Passo até encontrar novamente com a Rua Alípio Siqueira, formando um polígono irregular, fica sendo de Preservação Permanente.” Portanto, qualquer ação de degradação neste local, caracteriza crime ambiental.

Na reunião o grupo voltou a salientar a necessidade de tornar a área pública, através da desapropriação e indenização dos atuais proprietários.

O engenheiro florestal da Prefeitura de Mafra, Edgard Bredow informou que recentemente a Prefeitura adquiriu um lote no entorno do Parque, próximo ao Condomínio das Coníferas, resultado de um processo de compensação e que passará a integrar a área de preservação.

A bióloga Lenita Kozak, representante do Parque Natural Municipal São Luiz de Tolosa propôs a formação de um corredor ecológico unindo as duas unidades de conservação. Esta proposta será encaminhada e analisada pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente. O grupo questionou o fato da área ainda não ser declarada de utilidade pública e encaminhará ofício ao executivo mafrense formalizando essa solicitação.

O capitão da Polícia Ambiental de Canoinhas, Fábio Henrique Machado, acompanhado do soldado e biólogo Regis Kuminek, após ouvir atentamente todas as informações se pronunciou favorável à preservação da área e implantação do parque.  Colocou a Polícia Ambiental à disposição do grupo e do município de Mafra para coibir qualquer ação de degradação da área.  “As ações de degradação devem e precisam ser denunciadas, para que as devidas providências sejam tomadas e a natureza preservada” acrescentou o capitão Henrique.

Falou ainda da sua atuação na implantação da Polícia Ambiental de Canoinhas, desde 1998 e dos desafios encontrados pela sua equipe, que atende uma região bastante ampla no Planalto Norte e conta com apenas 15 profissionais.

Este foi mais um encontro do grupo que, ao longo desses dez anos tem se mostrado persistente e atento às necessidades da área, buscando parceiros e dialogando. “Neste empreendimento as parcerias são fundamentais, pois quanto maior o envolvimento da comunidade, maiores as chances do parque natural se tornar realidade e a sua biodiversidade preservada” declarou a professora Eliane.

Estiveram presentes na reunião, Aglaé Lazzari Leite Bastos, Carlos Schimieguel, professora Eliane Villa Lobos Strapasson, Luiz Carlos Weinchütz, João Ricetti, Edgard Bredow, Lenita Kozak, capitão Fábio Henrique Machado e o soldado Régis Kuminek.

Ano passado

Em dezembro de 2010 a nossa reportagem fez uma matéria sobre a situação do Parque e na época conforme informações, nenhum proprietário foi procurado pela Prefeitura para iniciar o processo de desapropriação, sendo que em 2006, este grupo que defende a criação do parque, encaminhou um ofício ao prefeito pedindo que se iniciasse o processo de desapropriação gradativa, pois a Prefeitura não dispunha de recursos para desapropriar a área toda de uma vez.

Após 20 anos, a área ainda não foi declarada de utilidade pública, no local já foi até realizada uma terraplanagem para construção, sendo desmatado próximo ao córrego do Passo. O ideal seria que uma faixa maior de vegetação fosse preservada, para permitir o fluxo dos animais (corredor ecológico).

Na ocasião, em visita ao Parque do Passo a nossa reportagem encontrou uma trilha para Motocross, que resultou no corte de muitas árvores, inclusive xaxim, sem contar o impacto e estresse que causa nos animais o ruído das motos.

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