Após a instalação da bomba anfíbia, Rio Negro já enfrentou duas enchentes: em 2009, quando o rio atingiu 10,54 metros acima do nível normal e agora, em 2011, quando o nível subiu 9,82 metros. “Em nenhuma das situações foi necessário interromper a captação e o tratamento, o que permitiu o abastecimento regular”, destaca Fábio Gonçalves Metzger, gestor do polo regional de Rio Negro.

Bomba anfíbia foi instalada na captação de Rio Negro em 2003. O sistema permite que, mesmo com enchentes, sistema não seja interrompido.

As fortes chuvas que ocorrem desde agosto têm causado dificuldades no processo de captação e abastecimento de água em algumas regiões do Estado. No município de Rio Negro, a 150 quilômetros de União da Vitória, entretanto, mesmo a intensa precipitação registrada em setembro não foi motivo para a Sanepar paralisar o atendimento à população.

Rio Negro conta com uma tecnologia de captação de água submersa, chamada bomba anfíbia, que trabalha com motor elétrico especial, que não é danificado pela infiltração da água. A bomba, implantada na estação de captação em 2003, também pode operar em ambiente seco e fechado, dispensando ventilação. Por isso, já existem estudos para implantar o equipamento em outros sistemas da Sanepar. “Como não há rolamentos e nem óleo ou graxa, a bomba pode ficar submersa e sua manutenção é mínima”, explica Júlio Augusto Espínola Filho, engenheiro mecânico da Unidade de Serviço de Projetos Especiais (USPE) da Sanepar.

Após a instalação da bomba anfíbia, Rio Negro já enfrentou duas enchentes: em 2009, quando o rio atingiu 10,54 metros acima do nível normal e agora, em 2011, quando o nível subiu 9,82 metros. “Em nenhuma das situações foi necessário interromper a captação e o tratamento, o que permitiu o abastecimento regular”, destaca Fábio Gonçalves Metzger, gestor do polo regional de Rio Negro.

Nas enchentes de 1983 e 1992, quando a tecnologia não era ainda aplicada, o desabastecimento afetou todo o município. “Sem esse equipamento, nas enchentes de 2009 e 2011, Rio Negro poderia sofrer desabastecimento por alguns dias”, afirma Metzger

Desarenador compacto – Outra dificuldade do sistema antigo era o prematuro desgaste das bombas pela ação da areia carregada pelas enchentes. O problema foi contornado pela implantação de um desarenador compacto, desenvolvido em 2002 pelo engenheiro civil e sanitarista da Sanepar Wagner Schuchardt, atualmente na Diretoria de Investimentos.

O desarenador compacto não demanda grandes obras junto ao leito do rio, pois a água passa por dutos de PVC num fluxo que leva a areia a se depositar no fundo da tubulação. Com isso, é possível fazer a remoção parcial de sólidos encontrados na água bruta. “A experiência deu certo e mostrou-se eficiente na limpeza da água”, explica Schuchardt.

Equipamentos de recalque instalados na Estação Elevatória de Água Bruta 2.

Tanque do desarenador compacto, onde são removidos os sólidos e da areia presente na água bruta.