
Segundo a PM de Rio Negro, 32 carros e 58 motos no momento, estão apreendidos no pátio do segundo batalhão, sob sua guarda e responsabilidade. Outro problema enfrentado pelos moradores de Rio Negro é o fato de que o pátio é aberto, o que acaba contribuindo com estragos nos veículos devido à exposição às condições adversas de tempo. Hoje é cobrada a taxa diária de R$ 19,45 por carro que se encontra no pátio, mas se o veículo sofrer algum dano, não existe um responsável no município que possa responder por isto, sendo que legalmente não é atribuição da PM a função da guarda de veículos apreendidos, porém, esta prática inadequada ocorre em quase todo o estado do Paraná. Neste caso, entende-se que é dever do estado zelar pelo patrimônio de terceiros que está sob seu domínio.
Se comparamos o funcionamento de Mafra com o de Rio Negro, iremos perceber grandes diferenças. Na cidade catarinense, o guincho, a guarda e a responsabilidade de manter os carros funcionando, fica a cargo de uma empresa terceirizada, onde foi licitada pela Prefeitura do município, sendo então, ela presta o serviço e que por lei teria os seus honorários pagos e com direito a uma porcentagem por cada carro leiloado, desde que o trânsito em Mafra também fosse municipalizado. (Ver matéria na Gazeta de Riomafra na edição de 09/10/2013), onde reporta amplamente sobre o assunto.
Em Rio Negro a terceirização do serviço não pode ser aplicada, pois o DETRAN-PR não autoriza essa terceirização. Em todo o estado do Paraná fica a cargo da PM a guarda e responsabilidade sobre os veículos. Porém, diferente de Mafra que necessita municipalizar o seu trânsito para poder leiloar seus veículos, em Rio Negro os leilões vêm acontecendo com frequência, o ultimo leilão aconteceu no dia 18/07/13, onde foi comprado um lote com três motos. Em todo o estado do Paraná, no ano de 2013, já foram leiloados mais de 21 mil veículos, mesmo muitos municípios ainda não possuírem seus trânsitos municipalizados.
Para municipalizar o trânsito em Rio Negro é necessário criar um órgão executivo de trânsito, o que geraria custos ao município, mas em contra partida angaria recursos ficando com 100% das multas. Com o órgão executivo os munícipes rionegrense poderiam entrar com recursos de multas na própria cidade, não teriam mais que apelar para O JARI do estado (órgão que julga os recursos das multas de trânsito), esse seria apenas um beneficio dessa municipalização, outro pontos positivos como o estacionamento rotativo, e a decisão sobre a implementação de medidas relacionadas ao gerenciamento da circulação de veículos e pedestres também estaria a cargo do município. Porém o gerenciamento desses serviços iria aumentar os gasto públicos de Rio Negro, resta agora por na balança esse assunto para ver qual lado ele pesa, o que não pode é deixar carros abandonados oferecendo risco à saúde da população. Porém municípios de menor porte, como a vizinha cidade de Papanduva-SC, já municipalizou seu trânsito.
Durante a sessão da Câmara Rio Negro, na ultima terça feira dia 22, houve um requerimento no sentido de enviar um oficio ao DETRAN de Rio Negro, pedindo a remoção dos carros aprendidos pela PM do pátio do segundo pelotão da Polícia Militar. Cita no requerimento que é responsabilidade do DETRAN disponibilizar uma área para guardar esses veículos.
Na justificativa do requerimento ao DETRAN–PR, os veículos no pátio do segundo batalhão estão acumulando água, o que pode vir a se transformar em focos do mosquito da dengue. A situação se agrava pelo fato de que o entorno do pelotão da PM, abriga importantes órgãos estatais como a própria PM, o Corpo de Bombeiros, o posto e uma unidade da saúde, a academia de saúde, e em breve o novo Fórum da comarca, ou seja, muitas pessoas estão rodeadas por esse problema.
