Na última quarta-feira (1), assistentes sociais e técnicos da defesa civil, além de secretários dos dez municípios que compõem a Associação dos Municípios do Planalto Norte Catarinense e também de São Bento do Sul e Rio Negrinho participaram de uma capacitação sobre gerenciamento de abrigos. O evento trouxe também uma palestrante do Instituto Voluntários em Ação/IVA, de Florianópolis.
Esta integração entre as Secretarias, entidades e colaboradores das Prefeituras é essencial para que, em um momento de desastre, todos possam trabalhar juntos focando na recuperação da normalidade.
Voluntariado
Ana Maria Warken do Vale Pereira, do IVA, falou sobre a atuação da instituição e explicou o projeto Força Voluntária, que é apoiado pelo Fundo de Reconstrução do ICOM – Instituto Comunitário da Grande Florianópolis e executado pelo Instituto Voluntários em Ação, em parceria com a defesa civil e outras organizações e que visa mobilizar, organizar e capacitar, gratuitamente, grupos de voluntários para agir em situações de desastres em Santa Catarina. Disse que a intenção é ter um cadastro (já são mais de 63 mil cadastrados no site) e capacitar os voluntários de maneira que estes estejam prontos para serem acionados e agir, sabendo o que devem fazer, para que não se tornem mais um incômodo durante o evento de desastre. Durante a discussão, foi apontando a importância de ter um plano de contingência bem elaborado e de esclarecer à população sobre o papel da Defesa Civil.
Outros municípios colaboraram explanando suas experiências com a última enchente, em junho de 2014. No final, Ana Maria entregou um manual com 71 páginas, que orienta para uma atuação consciente e responsável de voluntários interessados em somar esforços nas ações da Defesa Civil em situação de desastre.
Defesa Civil
Regina Panceri, da Secretaria do Estado de Defesa Civil, falou sobre a instalação e gerenciamento de abrigos. Chamou a atenção para as dificuldades e afirmou que os abrigos devem ser pensados em situação de normalidade, para que em um eventual desastre tudo ocorra da forma mais natural e ágil possível. Explicou sobre gerenciamento de abrigos e os passos desde a escolha do local, de equipe, de voluntários, planejamento de ações, triagem, relatórios, regras e critérios, entre outros assuntos, até a finalização do evento e o retorno das famílias para suas casas. Disse ser imprescindível o planejamento e a ação conjunta entre Defesa Civil e assistentes sociais para que as famílias atingidas sejam atendidas por pessoas já conhecidas da comunidade, o que pode facilitar o trabalho e agilizar o processo rumo à normalidade.
Por fim, explicou sobre equipes que devem ser formadas nos abrigos e sobre a divisão de responsabilidades, lembrando que cada pessoa deve saber o seu limite e pedir ajuda quando não tiver capacidade física ou psicológica para alguma tarefa. Disse que o trabalho em conjunto e a conscientização da população, em situação de normalidade, de como todos devem agir em situação de desastres, pode amenizar as consequências negativas no decorrer dos acontecimentos.

Ana Maria Warken do Vale Pereira, do IVA, falou sobre o projeto Força Voluntária
