“A construção de viaduto no entroncamento entre a avenida Coronel José Severiano Maia e o Ramal Ferroviário Mafra – Lages não deixa de ser uma solução pontual para o problema do tráfego urbano do município, mas ocasionará ”efeitos colaterais” indesejados: a elevação do greide da avenida para transpor o viaduto atingirá uma cota superior 05 metros de altura, exigindo aterros altos e, consequentemente, extensos, para se manter rampas adequadas para o tráfego”, diz o engenheiro Izaldo Carlos Kondlatsch.

De acordo com o engenheiro, essas rampas extensas bloquearão os acessos de entrada e saída da rodoviária, exigindo a modificação do sistema viário na região.

A solução mais adequada para o problema atualmente enfrentado foi formulada pelo engenheiro Jeferson Bittencourt, supervisor da Unidade Local do DNIT de Mafra e consiste na implantação do denominado “Contorno Ferroviário de Mafra”. Trata-se da interligação do ramal Mafra – Lages (que atravessa a região central do município), com o ramal Mafra – São Francisco do Sul, cujo traçado margeia o Rio Negro e não apresenta interferências com o sistema urbano do município. “Esse contorno teria uma extensão aproximada de 9,5 km”.

Diz o engenheiro que essa interligação possibilitaria a supressão do trecho ferroviário desde a região central até o cruzamento com a BR-280, nas proximidades do Clube Santa Helena.

Além de eliminar os cruzamentos com a avenida com a rua Ptolomeu de Assis Brasil, próximo à Igreja Ucraniana e com a BR-280/SC, a supressão deste segmento possibilitaria a implantação de um novo acesso rodoviário à região central do município, utilizando a faixa de domínio da ferrovia, partindo das proximidades do Clube Santa Helena chegando até a avenida Severiano Maia, junto à rodoviária.

Estudos nesse sentido já estão sendo elaborados pelo DNIT de Mafra e serão entregues ao superintendente do DNIT do Estado de Santa Catarina em sua próxima visita à Mafra, programada para o mês de janeiro/2013.

“Para a sua viabilização, será necessária a união de esforços entre a sociedade civil organizada e a classe política da região, de modo a sensibilizar o Governo Federal da importância e urgência desse empreendimento”, finalizou Izaldo.